quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Cadê o Dedé?

Já tivemos o Dadá, o inigualável Dadá Maravilha; tivemos o Didi, o da folha seca; temos o Dodô, o dos gols bonitos; e tivemos o Dudu, o eterno parceiro do Ademir na Academia. Cadê o Dedé? Tá faltando um Dedé no futebol brasileiro.

Luxemburgo

Perdi a aposta. Deu Luxemburgo e não Dorival Júnior, como eu supunha. Fico na torcida para que dê certo. Que o Vanderlei é um grande técnico não há dúvidas. Mas ele é realmente grande quando também é grande o elenco, como aconteceu em suas passagens anteriores pelo Palmeiras, nos tempos das vacas gordas da Parmalat. Com times medianos ele também não faz milagres. E o Palmeiras, por enquanto, tem um time mediano.

Além disso, ele tem um personalidade, no mínimo, polêmica. Com a sua vinda já perdemos nosso ídolo Edmundo. Tenho medo do seu relacionamento com o Valdívia, o craque do time, mas um rapaz que já mostrou certa imaturidade emocional. Como será que vão se dar os dois? Luxemburgo é estrela também.

E a última passagem do Luxemburgo pelo Palestra fez com que não se tenha mais confiança nele. Em 2002, na segunda rodada do Brasileirão, ele deixou o Palmeiras - que assim como hoje tinha um time mediano - para ir ao encontro do dinheiro e dos bons jogadores (Alex entre eles) que estavam no Cruzeiro. Não pensou duas vezes para abandonar um barco que ele via não ter muito futuro. E não teve mesmo. O barco afundou em 2002. E será que a água não começou a entrar exatamente com essa "fuga" do Luxemburgo?

Não se pode afirmar que o destino do clube teria sido outro se ele tivesse ficado. O "se" não joga. Mas de qualquer jeito ele ficou em dívida com o clube e com os torcedores. Tem obrigação moral de fazer um bom trabalho e trazer títulos para o Palmeiras agora.

Torçamos.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Dança das cadeiras e especulações

Começou a dança das cadeiras dos técnicos dos grandes clubes brasileiros. Pelo menos agora isso não está acontecendo no meio do campeonato e sim no final da temporada. Será um sinal de maturidade dos clubes? Espero que sim.

Mano Menezes trocou o Grêmio pelo Corinthians. Minha aposta é que ele não chega ao fim do Campeonato Paulista. Geninho vai para o Atlético Mineiro e Leão está no mercado. Assim como Dorival Júnior, que treinava o Cruzeiro. Luxemburgo aguarda o resultado das eleições santistas para definir sua vida. Caio Jr. trocou o Palmeiras pelo Goiás. Romário estréia como técnico no Vasco (e treinar pra quê, né, Baixinho?)

E no Palmeiras chovem especulações. Entre os nomes que já vi pipocar pela imprensa estão Dorival Júnior, Luxemburgo, Leão e Cuca. Eu acho que quem vai ficar é o Dorival Júnior. Que tem o mesmo perfil do Caio Jr. Tira um júnior, põe outro e fica tudo na mesma (aliás, por que será que um é "Júnior" e o outro é "Jr."?). Acho que ambos ainda são juniores mesmo como técnicos. E têm o mesmo perfil do Candinho: são simpáticos e educados, dão ótimas entrevistas, mas ficam devendo com seus times.

Meu técnico dos sonhos é o Felipão. Na impossibilidade dele, tente-se o Luxemburgo. Não deu? Quem sabe o Cuca? Também não? Tá bom, o Dorival Júnior ao menos já jogou no Verdão e é sobrinho do Dudu. Só não me venha com Leão.

Veremos no que isso vai dar. Minhas apostas estão feitas.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

CAIU!!!!

O Corinthians está na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Na segundona. Série B. Quero ver agora todos os corinthianos que ficaram falando que série B era coisa do Palmeiras engolirem letra por letra o que falaram. E o mínimo que têm que fazer agora é conquistar o título da série B. Sem essa de dizer que "esse é um título que eu não quero". Entrou pra disputar, tem que levar. O Palmeiras foi campeão. Ou será esse mais um título que o Corinthians não vai conseguir conquistar?

Provocações à parte, o que precisamos entender é que quando um time cai, não é sua grandeza que cai, mas sim os desmandos de uma diretoria incompetente, egoísta, interesseira. Mustafá Contursi derrubou o Palmeiras. Agora Alberto Dualib derrubou o Corinthians.

Longa vida aos alvinegros na Segunda Divisão!


Foto: globo.com

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Tem lançamento de livro bom hoje


O jornalista, escritor e meu amigo Odir Cunha lança hoje pela editora Realejo o livro "Donos da Terra", que traz a reportagem completa do jogo que deu o primeiro título mundial do Santos: a goleada história de 5 a 2 sobre o Benfica, em pleno Estádio da Luz, que há um mês completou seu 45º aniversário.

Ainda não li o livro, mas sendo um trabalho do Odir, certamente é bom.

E o evento vai ser muito legal: um telão vai passar o documentário do Canal 100 sobre esse histórico jogo e vão estar lá Pepe, Dorval, Mengálvio, Zito e Lima.

26 de novembro, a partir das 19 horas
Bar Paulicéia - rua dos Pinheiros, 473

Fonte Nova

No ano passado eu estive em Salvador. Estava num táxi indo não me lembro para onde quando vi um estádio de futebol. Pensei "deve ser a Fonte Nova". Mas no mesmo instante percebi que não poderia ser pois aquele estádio que eu via estava nitidamente abandonado, praticamente em ruínas. Perguntei, então, ao motorista do táxi que estádio era aquele. A resposta? Adivinha! "É a Fonte Nova!".

Por isso não me surpreende a tragédia ocorrida hoje, com o desabamento de parte da arquibancada e morte de sete pessoas. A minha impressão estava correta, a Fonte Nova era mesmo um estádio abandonado, só não estava desativado.

Segundo informações do Estadão, um levantamento feito há menos de um mês pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia para avaliar os estádios que se candidataram para receber jogos da Copa de 2014 apontou que a Fonte Nova possuía "arquibancadas em ruínas". Foi exatamente o que eu vi de dentro daquele táxi.

Independentemente da realização da Copa no Brasil, nossos estádios precisam ser melhor cuidados. O futebol brasileiro merece um pouco mais de respeito.




















Fotos: Welton Araújo/Agência A Tarde

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Poupança-copa

Quem está achando que a Copa de 2014 é uma excelente oportunidade para assistir ao vivo a um jogo de Copa do Mundo pode começar a guardar dinheiro. E a escolher uma boa aplicação. Ouvi hoje na CBN que estavam sendo cobrados até R$ 150,00 por uma vaga para estacionar nas proximidades do Morumbi. E é só um jogo de eliminatórias...

Vai ser uma festa, já vejo os cambistas, os flanelinhas e outros oportunistas de plantão locupletando-se.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Mais uma infeliz vitória que não convence

A comemoração do Dunga no segundo gol de Luis Fabiano contra o Uruguai agora há pouco no Morumbi diz muito sobre ele. Ele bateu violentamente na cobertura do banco de reservas. Uma comemoração que lembra seu gesto ao erguer a taça em 94: agressiva, truculenta.

Por isso não dá para se esperar que uma equipe dirigida por ele jogue um futebol criativo, refinado, ofensivo, inteligente. O que se tem é mesmo o que se tem visto: futebol retranqueiro, feio, vitórias injustas, conquistadas a custa do talento individual uma hora do Kaká, outra do Robinho ou do Luis Fabiano. Hoje até o Julio Cesar salvou a pele do Dunga.

Indiscutivelmente a história do futebol é feita de incontáveis vitórias injustas. Essa é uma das principais características desse jogo, nem sempre o melhor vence e muitas vezes quem vence não convence. Decididamente, o Dunga não convence. Só espero que pare de vencer para que nos livremos dele definitivamente.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ele é o cara!

Ele estava há dois meses fora do time por causa de uma fratura. Ele tem 36 anos. Ele entrou e fez a diferença: deu o passe pro gol e fez belas jogadas. Porque ele tem talento, habilidade, sabe ver o jogo. Ele é ídolo indiscutível. Ele é carismático. Ele está a 2 gols do seu 100º gol pelo Palmeiras. Ele é animal!

Vitórias suadas

O Palmeiras tem até agora 16 vitórias no campeonato brasileiro. Só em 3 oportunidades marcou mais de 3 gols: 4 x 2 Flamengo, 3 x 2 Vasco, 3 x 0 Paraná Clube. O maior saldo de gols em um vitória foi no jogo contra o Paraná, 3 x 0. Em 11 dessas vitórias a diferença foi de apenas um gol.

Onde eu quero chegar com isso? Na conclusão de que o Palmeiras está sempre no limite. Não no limite máximo, o que seria ótimo, ao contrário, no limite mínimo. Ou seja, é óbvio concluir que esse time do Palmeiras é limitado. É um time que não empolga, que está sempre passando sufoco, fazendo a torcida sofrer.

Por isso, se eu queimar a língua e o Verdão chegar à Libertadores, vamos ter que mudar isso. Vamos ter que sair da limitação. Espero que assim seja.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Bem-vinda de volta, Lusa!

Fiquei contente com a volta da Portuguesa à primeira divisão do futebol brasileiro. A Lusa é um time que, se não é grande, tem tradição e revelou muitos craques. É um time simpático, que todo mundo gosta, menos quando apronta pra cima do time da gente.

Certamente irei ao Parque Antárctica no próximo confronto entre Palmeiras e Portuguesa no Brasileirão de 2008.

domingo, 11 de novembro de 2007

Goleiros

Acabei de ler um livro bastante interessante: "Goleiros - Heróis e Anti-heróis da Camisa 1", do jornalista Paulo Guilherme, publicado pela Alameda Casa Editorial. O autor fez um belíssimo levantamento histórico, apresentando a biografia dos principais goleiros do País, suas glórias e seus infernos, do início do século XX (e do futebol por aqui) até o início de 2006.

São histórias comoventes, que mostram o quanto é singular esse personagem do futebol, o único jogador que pode pegar a bola com as mãos.

Estão lá Barbosa, Castilho, Gilmar, Valdir de Morais, Valdir Peres, Leão, Manga, Félix, Carlos, Taffarel, Marcos, Rogério Ceni, Dida e muito outros. Vale a pena ler.

Quero queimar a língua

Não, eu não enlouqueci, nem ando com tendências masoquistas. Mas é que estou com o palpite cada vez mais forte de que o Palmeiras bobeia e não pega a Libertadores e que o Corinthians se salva e não cai.

Por isso espero muito, mas muito mesmo, queimar a língua.

Porque se o Palmeiras conseguir ir para a Libertadores, quem sabe a diretoria se entusiasma e contrata os reforços que precisamos. Com urgência, atacantes e laterais. Não temos laterais nem de um lado, nem de outro. Atacante, só de mentirinha, no máximo bons reservas. Se não for pra Libertadores, a diretoria não vai trazer ninguém e não vamos a lugar nenhum com esse time. Ainda mais com as fortes possibilidades de perdermos Valdívia.

Bom, espero voltar daqui a duas rodadas com uma bela bolha na língua.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Copa no Brasil

A melhor solução para a realização de uma Copa do Mundo no Brasil foi dada pelo Mário Reys: "se fizeram um Rock in Rio em Lisboa, por que não fazemos a Copa do Mundo do Brasil no Canadá?".

Perfeito!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Não à Copa no Brasil

Nas vésperas de anunciar se aceita a candidatura única do Brasil para sediar a Copa de 2014 a Fifa anuncia o fim do sistema de revezamento de continentes na escolha das sedes das Copas.
Pra mim fica claro que a candidatura única do Brasil mostrou que sediar Copa do Mundo é coisa pra gente grande, pra país que resolveu os problemas básicos e agora pode se preocupar com esse tipo de evento.

Blatter declarou que "faltou algo" à candidatura do Brasil. Ele deve estar assustado com a perspectiva de realizar uma Copa num país inseguro, sem transporte coletivo decente em suas capitais (à exceção de Curitiba), sem estádios decentes (quando fui para Salvador, no ano passado, vi um estádio de futebol e me perguntei se era a Fonte Nova, mas eu mesma me respondi que não poderia ser, pois aquele era um estádio abandonado e a Fonte Nova abrigava os grandes clássicos baianos. Por via das dúvidas resolvi perguntar ao motorista do táxi em que eu estava. Claro, era a Fonte Nova).

Gostaria muito que a Fifa tivesse coragem de dar um sonoro "não" ao Brasil. Que nós temos um futebol maravilhoso, que somos os únicos pentacampeões do mundo, que exportamos os melhores jogadores, ninguém duvida. Mas que temos competência para organizar uma Copa do Mundo, ah, isso dá pra todo mundo duvidar.

Concentremos nossos esforços em coisas mais urgentes, mais básicas, mais importantes. Deixemos Copa do Mundo para quando formos um pouco mais crescidinhos.

Apesar de achar que um "não" da Fifa tem as mesmas chances de acontecer quanto o São Paulo perder o título brasileiro deste ano, estou torcendo pelas duas improbabilidades!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Ainda a corrida pela Libertadores

Depois da rodada de ontem, meus porquinhos estão ainda mais perto da Libertadores.

O que é inacreditável é que quem começa a chegar para essa corrida é o Flamengo, que eu achava que ia ficar lutando pra não cair.

E apesar da situação lá embaixo estar interessante, só vou comentá-la de verdade quando as coisas estiverem mais definidas.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Deixa a seleção pra lá

Demorou, mas voltei. E quem me faz voltar é o Dunga. Não precisei nem ver o jogo de ontem - estréia da seleção nas Eliminatórias para a Copa de 2010, contra a Colômbia - para dizer o que vou dizer.

Nunca gostei do Dunga como jogador. Tive um misto de alegria e vergonha quando ele levantou a taça de 94. Vergonha sim. O gesto feito por jogadores de qualidade e categoria como Bellini, Mauro e Carlos Alberto ser repetido por um volante truculento, sem talento (além da rima, uma redundância) que inaugurara uma era triste para o futebol-arte me envergonhou sim. Ainda bem que logo veio o Romário para tirar a taça das mãos do Dunga. Esse sim foi merecedor daquela Copa.

Antes de Dunga os volantes não tinham prestígio algum. Aliás, que me lembre, pouco se falava em "volantes". Tínhamos meias, talentosos uns, marcadores outros, mas sempre com qualidade. Não tinham a única e exclusiva preocupação da demolição, como Dunga. Dizem que é a "evolução" do futebol, mas eu acho que a presença de volantes e a ausência de pontas só torna o futebol um jogo mais chato, mais feio. Certamente mais fácil de ser jogado por quem tem menos talento.

Mas tudo isso para dizer que se nunca gostei do Dunga como jogador, continuo não gostando dele como técnico. Primeiro não dá para entender como ele, sem experiência alguma, foi direto para a seleção. Como diz meu amigo Mário Reys, o Dunga tem exatamente a mesma experiência que nós como treinadores de futebol, ou seja, nenhuma.

Questionado outro dia sobre o fato de não ter convocado o Pato para a seleção, Dunga muito conscientemente declarou que para chegar à seleção um jogador tem que fazer por merecer, tem que ter um volume de jogos considerável, tem que ter uma certa experiência, que não é de uma hora para outra que se chega à seleção. Muito bem, sr. Dunga, concordo plenamente. Agora, se isso vale pra jogador, por que não vale para o treinador? Hein? Por que um ex-jogador que nunca treinou nem time de futebol de botão pode começar sua carreira diretamente na seleção?

E se nós aqui achamos que ele não tem legitimidade para ser técnico da seleção será que o mesmo não acham os jogadores que são convocados por ele? Não digo os Afonsos da vida, que são invenções dele, ou Donis, que são piadas dele, mas os jogadores mais experientes como Kaká, Ronaldinho, Lúcio e cia.

Enquanto o Dunga estiver no comando vai ser assim: vai ser difícil vibrar de verdade, ficar contente de verdade, sem ter aquela vergonha. É uma pena.

Mas como eu sou muito, mas muito mais torcedora de time que de seleção, não estou nem aí com essas eliminatórias, vou deixar a amarelinha um pouco de lado e curtir a verde-limão que vem dando sorte.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ainda sobre casamentos perfeitos

Meu pai, amante do futebol apesar de sãopaulino, manda a seguinte colaboração:

"Você desconhece porque não é do seu tempo. Mas o casamento mais perfeito de que eu me lembro técnico/clube foi o do Luiz Alonso Peres, o Lula, com o Santos. Durou uns 15 anos mais ou menos, lá por 1955 a 1970 (em plena "era Pelé" do clube da Vila Belmiro)."

Verdades do futebol

Entre as várias explicações existentes no mundo para o fato do futebol ser tão fascinante está a existência até que freqüente da zebra. A discussão resumia-se a de quanto seria a goleada que o Santos aplicaria no Corinthians no clássico deste domingo.

"De um lado há uma diretoria, do outro o caos; de um lado há um excelente técnico, do outro, uma incógnita; de um lado há um elenco entrosado, que está em ascensão, do outro, um apanhado de jogadores de capacidade duvidosa. Não resta muita dúvida de quem será o vencedor", arriscou a dizer um comentarista. E contrariando tudo isso, como todos já sabem, o Corinthians ganhou de 2 a 0.

Treino é treino, jogo é jogo. Em clássico tudo pode acontecer. Quem não faz, toma.

Foi roubado de novo!

Quando estava 0 x 0 e 11 contra 11, um jogador do Cruzeiro que estava na barreira numa cobrança de falta meteu a mão na bola dentro da área. Pênalti e expulsão que o juiz não deu. Mas expulsou o Pierre por falta que não houve.

Chororô de lado, o Diego precisa urgentemente aprender a jogar com os pés. Outro dia bateu um tiro de meta direto pra lateral. E ontem armou o contra-ataque para o primeiro gol do Cruzeiro. Com um a menos, aberta a porteira, foram cinco, como poderiam ter sido seis ou sete.

O título deste ano já era. E a Libertadores não está fácil. 2007 já é mais um ano medíocre na história do Palmeiras. Chega, né?

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Foi roubado!

Gol legal do Palmeiras, mas o juiz anulou. Como sempre, a arbitragem dando uma mãozinha pro São Paulo. A imprensa puxa o saco, a arbitragem ajuda. Parece tudo arrumadinho pro São Paulo levar.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Dener

Esse é um dos meus preferidos. Ele era craque mesmo.


Belos gols

É por esses e por outros que o futebol é tão fascinante.



Valeu, Palugas!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Nas quadras

No tempo que eu assistia basquete, o jogo tinha dois tempos de vinte minutos e o que me atraia eram as disputas entre Sírio, Monte Líbano e Francana. Era a época de Oscar, Marcel, Marquinhos, Pipoca, Carioquinha, Ubiratan, Helio Rubens e cia. Isso foi nos anos 80, com o auge em 87, quando a seleção ganhou ouro no Pan vencendo os Estados Unidos em Indianápolis.

De lá pra cá pouco acompanhei. Passei anos sem saber o nome de sequer um jogador da seleção. Hoje assisti ao último quarto do jogo entre Brasil e Canadá pelo pré-olímpico. Sabia (só de ouvir falar, não conhecia as caras) o nome de dois jogadores: Nenê e Leandrinho. Estranhei o desenho na bola. Estranhei estar vendo um "quarto". Estranhei o uniforme azul. Mas gostei do que vi. E sou bem capaz de acompanhar esse pré-olímpico.

Melhor ver essa seleção que a que jogou à tarde. Do jeito que anda o futebol, é melhor começar a prestar atenção no basquete.

Muito mais bonito agora

Não, este título não se refere ao futebol jogado pelo Palmeiras, que continua não lá grande coisa, apesar de mais uma vitória sobre o freguês carioca.

Estou falando do meu blog, que ficou muito mais bonito agora com esse cabeçalho elegante que meu amigo santista Edgar Cantelli me deu de presente.

Muito obrigada, Edgar, eu adorei!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Amores eternos e casamentos perfeitos

E não é que o Joel Santana voltou para o Flamengo? Incrível a relação de amor eterno entre alguns técnicos e alguns clubes. Parecem que foram feitos um para o outro. Como Candinho e a Portuguesa, Carlos Alberto Silva e o Guarani, Antonio Lopes e o Vasco, Geninho e o Goiás. Esses são os casamentos eternos, aqueles que sempre voltam, mesmo depois de algumas brigas.

Mas há também os casamentos perfeitos. Aqueles que podem até ser breves, mas que têm uma identificação total. E esses admitem até a bigamia. Como a do Felipão com o Grêmio e com o Palmeiras e mesmo a do mestre Osvaldo Brandão com o Palmeiras e com o Corinthians. E são casamentos perfeitos também os do Telê e de Muricy com o São Paulo.

Agora, amor cada vez mais raro é o de um jogador por um clube. E isso explica muita coisa.

Com medo de ser feliz

O Palmeiras é um time com medo de ser feliz. Ultimamente só sai atrás no placar. E tirando a virada contra o Vasco, fica mesmo atrás ou, no máximo, arranca um empate suado. Como também nunca sabe se aproveitar da vantagem quando fica com jogador a mais.

Além de talento, está faltando aquela pinta de vencedor para esse time. Talvez para esse técnico também. O Caio Jr. fala muito bem, é ponderado, mais ainda não convenceu. Se bem que, se ele sair, chama-se quem? O Felipão? Ou o Jair Picerni?

Cala a boca, Ricardo Teixeira

Em reportagem publicada hoje no O Estado de S. Paulo, o presidente da CBF encontrou algumas explicações para o fracasso da seleção brasileira na Copa de 2006. Segundo ele, "Tinha jogador que chegava entre 4 e 6 horas da manhã, bêbado". Mais que isso, a autoridade máxima do nosso futebol constata que outra coisa que atrapalhou muito o desempenho de nossos astros foi a preparação em Weggis, na Suiça, onde o clima foi mais de festa que de treinamento, com ingressos vendidos por até US$ 100,00 para se ver um treino e os malabarismos de Ronaldinho Gaúcho. "Era óbvio que aquilo não ia funcionar. Como é que ninguém via isso?"

Ora, o presidente da CBF não sabia que se vendia ingressos para assistir aos treinos? O presidente da CBF sabia que jogadores chegavam bêbados, de madrugada e não fez nada? O que estava ele fazendo nas vésperas de uma Copa do Mundo, então? Turismo?

Não dá para se esperar nada do Ricardo Teixeira, mas ele, no mínimo, perdeu uma ótima chance de ficar com a boca fechada.

Ou será que não é por ter uma direção como essa que o futebol brasileiro se encontra no estado em que se encontra? Não falo nem da seleção, que vive atualmente um período de entressafra. Mas do futebol praticado aqui no país, do Campeonato Brasileiro que mais parece uma enorme segunda divisão do futebol jogado na Europa.

Que um Milan ou um Real Madrid leve nossos craques dá pra entender, agora, que o futebol da Ucrânia leve nossos jogadores é inadmissível. Você, por acaso, conhece algum time da Ucrânia? Que craques joguem fora, tudo bem, mas que nossos times não consigam segurar nem um Marcinho Guerreiro, é inadmissível.

É desanimador assistir a qualquer jogo do campeonato brasileiro, o nível técnico é baixíssimo, não tem uma jogada que empolgue.

Enquanto isso, Ricardo Teixeira fala bobagens durante sua campanha pela Copa no Brasil. Antes de fazer uma Copa do Mundo por aqui seria melhor a gente fazer um campeonato nacional de qualidade. E deixar a Copa do Mundo para quem tem competência.

domingo, 22 de julho de 2007

Ainda o jogo do gol inesquecível

O coordenador jornalístico e editorial do site Ponto Verde, Márcio Trevisan, rápida e gentilmente atende o meu pedido e me manda a ficha do jogo entre Palmeiras e XV de Piracicaba com o seguinte comentário: "O detalhe que me marcou é que o meia Mário Sérgio fez um gol tão maravilhoso que todo o o estádio, em vez de comemorar, levantou-se e aplaudiu o sensacional meia."

Confira abaixo a ficha técnica da partida e veja que minha memória não anda tão mal assim:

Competição: Campeonato Paulista/1984
Jogo: Palmeiras 4 x 1 XV de Piracicaba/SP
Data: 03.10.1984 - Horário: 21h00
Local: Estádio Paulo Machado de Carvalho - Pacaembu, em São Paulo/SP
Árbitro: Ílton José da Costa/SP
Assistentes: José Carlos Gomes do Nascimento/SP e Antônio Carlos Gomes/SP
Renda: CR$ 48.999.000,00
Público: 15.201 pagantes
Gols: Jorginho aos 4 e Paulo Roberto aos 28 minutos do primeiro tempo. Mário Sérgio aos 16, Diogo aos 26 e Tim aos 32 da etapa final.
Equipes
Palmeiras: Leão; Diogo, Luís Pereira (Maxwell), Vágner Bacharel e Paulo Roberto; Márcio Alcântara, Jorginho e Carlos Alberto Borges; Gilcimar, Reinaldo Xavier (Luizinho Lemos) e Mário Sérgio.
Técnico: Fedato.
XV de Piracicaba: Pizelli; Flávio, Aílton Luís, Paulinho e Cláudio Mineiro; Vadinho, Alfredo e Chicão; Valdir Lins (Gilberto), Tim e Fabinho.
Técnico: Vicente Arenari

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Tabelinha

Minha mãe, que entende muito mais de futebol que eu, e foi testemunha de um futebol muito mais bonito que o que se joga hoje, vive reclamando que ninguém mais tabela. E ela tem toda razão. A tabela é o drible coletivo. É a jogada que desconserta a defesa adversária e levanta a torcida. Ainda que não resulte em gol, a tabelinha vale por si só.

E foi fruto de uma longa tabela entre Jorginho e Mário Sérgio o gol mais bonito que eu vi ao vivo. Foi no único jogo ao qual eu fui ao estádio com o meu avô, palestrino até o último fio de cabelo. Era uma noite durante a semana, no início dos anos 80, provavelmente 84, no Pacaembu. Campeonato paulista. Palmeiras x XV de Piracicaba. Palmeiras 4 x 1 XV de Piracicaba. Esse gol foi o terceiro ou quarto, já não lembro bem.

O Jorginho pegou a bola ali pelo grande círculo e tocou para o Mário Sergio, que logo devolveu para o Jorginho, que voltou a bola para o Mário Sergio, que tocou para o Jorginho, para logo em seguida receber de volta e na entrada da área do XV fuzilar para o gol. Foi eletrizante. Não sei se é a minha memória, mas tenho a impressão que até a defesa do XV aplaudiu esse gol.

Nem o Jorginho nem o Mário Sergio ganharam títulos pelo Palmeiras. Isso foi na época do nosso triste jejum (o final dele é tema para outro post). Mas não importa, o futebol deles não era de resultados, era arte. E está na minha memória, e na de muitos torcedores, tenho certeza, até hoje.

É disso que eu sinto falta quando vou ao hoje ao Parque Antárctica ou quando ligo a TV para ver um jogo.

Fazendo uma breve pesquisa para encontrar as fotos, descubro que o Jorginho nasceu em Marília. E o jogo foi contra o XV de Piracicaba. Curioso, né, Anita e Vitor?

terça-feira, 17 de julho de 2007

Escalação criativa

Se antes tínhamos os apelidos - Pelé, Didi, Garrincha, Zico, Dadá, entre outros craques - hoje temos nomes pra lá de criativos desfilando pelos gramados. Dá uma olhada (nem todos os jogadores continuam nos times citados, mas certamente já passaram por eles, pode pesquisar):

Alan Kardec (atacante - Vasco)
Alecsandro (atacante - Cruzeiro - irmão do Richarlyson)
Carciano (Vila Nova)
Claiton (meio campo - Flamengo)
Creedence Clearwater Couto (Guarani)
Danrlei (goleiro - Grêmio)
Deivid (atacante - Santos)
Deyvid (meia - Palmeiras)
Dinei (atacante - Corinthians)
Edcarlos (zagueiro - São Paulo)
Edervan (Ulbra)
Edno (Noroeste)
Erandir (Atlético - PR)
Ewerthon (Corinthians)
Gladstone (zagueiro - Cruzeiro)
Gléguer (goleiro - Náutico)
Héverton (Ponte Preta)
Iarley (Inter)
Ilson (lateral direito - São Paulo)
Jancarlos (Atlético - PR)
Jéci (Guaratinguetá)
Maicon (América - RJ)
Maicosuel (armador - Cruzeiro)
Maxwell (Inter - Milão)
Neílton (Noroeste - SP)
Odivan (zagueiro - Vasco)
Rosinei (meia - Corinthians)
Thiego (zagueiro - Grêmio)
Uéslei (Sanfrecce Hiroshima)
Valdeir (Gama)
Walker (Náutico)
Weldon (Sport)
Wendel (volante - Palmeiras)
Wescley (Corinthians)

E a série especial dos "son":
Alisson (Corinthians)
Allyson (Náutico)
Anderson (Coritiba)
Arilson (Boavista - RJ)
Cléberson (Cabofriense)
Davidson (Vila Nova)
Dickson (Marília - SP)
Dinelson (meia - Paraná Clube)
Edenílson (Paranavaí - PR)
Edmilson (zagueiro - Palmeiras)
Fredson (meio campo - São Paulo)
Geison (Vila Nova)
Glaydson (São Caetano)
Glaysson (Vila Nova)
Joelson (meia - Paraná Clube)
Keirrison (Coritiba)
Kleberson (volante - Atlético - PR)
Madson (meio campo - Vasco)
Richarlyson (meio campo - São Paulo - irmão do Alecsandro)
Robson (Paysandu)
Vanderson (Vitória - BA)
Wanderson (Ulbra)

A lista está aberta para colaborações.

Obrigada, Vitor Bara, pela ajuda na pesquisa.

Copa América

O time de quatro volantes do Dunga conseguiu ganhar da
Argentina na final. É por essas e por outras que o futebol
é fascinante, porque não tem lógica, porque nem sempre o
melhor vence, porque zebras e surpresas acontecem.

Mas o título não muda minha opinião. Assim como prefiro a
seleção de 82 à de 94, prefiro o futebol jogado pela
Argentina ao nosso atualmente.

Agora, o fim foi a comemoração dos jogadores. Todos ali pulando
e cantando "eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito
amor". Sei, mas desde que ganhando em euro, né? É
brasileiro com muito orgulho, mas não resiste à primeira
proposta de fora, seja ela da Ucrânia, da Macedônia, da
Turquia ou de um timeco qualquer da Espanha. Muito orgulho
e muito amor mesmo.