domingo, 22 de julho de 2007

Ainda o jogo do gol inesquecível

O coordenador jornalístico e editorial do site Ponto Verde, Márcio Trevisan, rápida e gentilmente atende o meu pedido e me manda a ficha do jogo entre Palmeiras e XV de Piracicaba com o seguinte comentário: "O detalhe que me marcou é que o meia Mário Sérgio fez um gol tão maravilhoso que todo o o estádio, em vez de comemorar, levantou-se e aplaudiu o sensacional meia."

Confira abaixo a ficha técnica da partida e veja que minha memória não anda tão mal assim:

Competição: Campeonato Paulista/1984
Jogo: Palmeiras 4 x 1 XV de Piracicaba/SP
Data: 03.10.1984 - Horário: 21h00
Local: Estádio Paulo Machado de Carvalho - Pacaembu, em São Paulo/SP
Árbitro: Ílton José da Costa/SP
Assistentes: José Carlos Gomes do Nascimento/SP e Antônio Carlos Gomes/SP
Renda: CR$ 48.999.000,00
Público: 15.201 pagantes
Gols: Jorginho aos 4 e Paulo Roberto aos 28 minutos do primeiro tempo. Mário Sérgio aos 16, Diogo aos 26 e Tim aos 32 da etapa final.
Equipes
Palmeiras: Leão; Diogo, Luís Pereira (Maxwell), Vágner Bacharel e Paulo Roberto; Márcio Alcântara, Jorginho e Carlos Alberto Borges; Gilcimar, Reinaldo Xavier (Luizinho Lemos) e Mário Sérgio.
Técnico: Fedato.
XV de Piracicaba: Pizelli; Flávio, Aílton Luís, Paulinho e Cláudio Mineiro; Vadinho, Alfredo e Chicão; Valdir Lins (Gilberto), Tim e Fabinho.
Técnico: Vicente Arenari

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Tabelinha

Minha mãe, que entende muito mais de futebol que eu, e foi testemunha de um futebol muito mais bonito que o que se joga hoje, vive reclamando que ninguém mais tabela. E ela tem toda razão. A tabela é o drible coletivo. É a jogada que desconserta a defesa adversária e levanta a torcida. Ainda que não resulte em gol, a tabelinha vale por si só.

E foi fruto de uma longa tabela entre Jorginho e Mário Sérgio o gol mais bonito que eu vi ao vivo. Foi no único jogo ao qual eu fui ao estádio com o meu avô, palestrino até o último fio de cabelo. Era uma noite durante a semana, no início dos anos 80, provavelmente 84, no Pacaembu. Campeonato paulista. Palmeiras x XV de Piracicaba. Palmeiras 4 x 1 XV de Piracicaba. Esse gol foi o terceiro ou quarto, já não lembro bem.

O Jorginho pegou a bola ali pelo grande círculo e tocou para o Mário Sergio, que logo devolveu para o Jorginho, que voltou a bola para o Mário Sergio, que tocou para o Jorginho, para logo em seguida receber de volta e na entrada da área do XV fuzilar para o gol. Foi eletrizante. Não sei se é a minha memória, mas tenho a impressão que até a defesa do XV aplaudiu esse gol.

Nem o Jorginho nem o Mário Sergio ganharam títulos pelo Palmeiras. Isso foi na época do nosso triste jejum (o final dele é tema para outro post). Mas não importa, o futebol deles não era de resultados, era arte. E está na minha memória, e na de muitos torcedores, tenho certeza, até hoje.

É disso que eu sinto falta quando vou ao hoje ao Parque Antárctica ou quando ligo a TV para ver um jogo.

Fazendo uma breve pesquisa para encontrar as fotos, descubro que o Jorginho nasceu em Marília. E o jogo foi contra o XV de Piracicaba. Curioso, né, Anita e Vitor?

terça-feira, 17 de julho de 2007

Escalação criativa

Se antes tínhamos os apelidos - Pelé, Didi, Garrincha, Zico, Dadá, entre outros craques - hoje temos nomes pra lá de criativos desfilando pelos gramados. Dá uma olhada (nem todos os jogadores continuam nos times citados, mas certamente já passaram por eles, pode pesquisar):

Alan Kardec (atacante - Vasco)
Alecsandro (atacante - Cruzeiro - irmão do Richarlyson)
Carciano (Vila Nova)
Claiton (meio campo - Flamengo)
Creedence Clearwater Couto (Guarani)
Danrlei (goleiro - Grêmio)
Deivid (atacante - Santos)
Deyvid (meia - Palmeiras)
Dinei (atacante - Corinthians)
Edcarlos (zagueiro - São Paulo)
Edervan (Ulbra)
Edno (Noroeste)
Erandir (Atlético - PR)
Ewerthon (Corinthians)
Gladstone (zagueiro - Cruzeiro)
Gléguer (goleiro - Náutico)
Héverton (Ponte Preta)
Iarley (Inter)
Ilson (lateral direito - São Paulo)
Jancarlos (Atlético - PR)
Jéci (Guaratinguetá)
Maicon (América - RJ)
Maicosuel (armador - Cruzeiro)
Maxwell (Inter - Milão)
Neílton (Noroeste - SP)
Odivan (zagueiro - Vasco)
Rosinei (meia - Corinthians)
Thiego (zagueiro - Grêmio)
Uéslei (Sanfrecce Hiroshima)
Valdeir (Gama)
Walker (Náutico)
Weldon (Sport)
Wendel (volante - Palmeiras)
Wescley (Corinthians)

E a série especial dos "son":
Alisson (Corinthians)
Allyson (Náutico)
Anderson (Coritiba)
Arilson (Boavista - RJ)
Cléberson (Cabofriense)
Davidson (Vila Nova)
Dickson (Marília - SP)
Dinelson (meia - Paraná Clube)
Edenílson (Paranavaí - PR)
Edmilson (zagueiro - Palmeiras)
Fredson (meio campo - São Paulo)
Geison (Vila Nova)
Glaydson (São Caetano)
Glaysson (Vila Nova)
Joelson (meia - Paraná Clube)
Keirrison (Coritiba)
Kleberson (volante - Atlético - PR)
Madson (meio campo - Vasco)
Richarlyson (meio campo - São Paulo - irmão do Alecsandro)
Robson (Paysandu)
Vanderson (Vitória - BA)
Wanderson (Ulbra)

A lista está aberta para colaborações.

Obrigada, Vitor Bara, pela ajuda na pesquisa.

Copa América

O time de quatro volantes do Dunga conseguiu ganhar da
Argentina na final. É por essas e por outras que o futebol
é fascinante, porque não tem lógica, porque nem sempre o
melhor vence, porque zebras e surpresas acontecem.

Mas o título não muda minha opinião. Assim como prefiro a
seleção de 82 à de 94, prefiro o futebol jogado pela
Argentina ao nosso atualmente.

Agora, o fim foi a comemoração dos jogadores. Todos ali pulando
e cantando "eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito
amor". Sei, mas desde que ganhando em euro, né? É
brasileiro com muito orgulho, mas não resiste à primeira
proposta de fora, seja ela da Ucrânia, da Macedônia, da
Turquia ou de um timeco qualquer da Espanha. Muito orgulho
e muito amor mesmo.