quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Por pouco

O Ituiutaba, por pouco, não se classificou. O Palmeiras, por pouco, se classificou. O Ituiutaba perdeu do Atlético (GO) por 3 x 2, se empatasse com gols estaria classificado. O Palmeiras venceu pelos 2 x 0 necessários para se classificar sem o jogo de volta. Mas o futebolzinho que jogou deixou muito a desejar. Se continuar assim vai perder até de time da segunda divisão.

No papel o time é ótimo. Em campo, o único que confirma o papel é Valdívia. Estão todos em dívida. E o Luxemburgo ainda corre o risco de pegar uma suspensão de um ano.

Domingo tem clássico no Morumbi e jogo no Mineirão. Torço por uma reabilitação aqui e por uma zebra histórica lá. Vamos ver.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Ituiutaba Esporte Clube



Você conhece o Ituiutaba Esporte Clube? Ele está na primeira divisão do campeonato mineiro e empatou com o líder Tupi lá em Juiz de Fora no último fim de semana; joga nesta quarta-feira pela Copa do Brasil o jogo de volta contra o Atlético (GO), em Goiânia. No jogo de ida, conseguiu um empate 0 x 0 em casa. E domingo tem outro Atlético pela frente, desta vez o Galo mineiro, em pleno Mineirão.

Estou descobrindo como é o futebol visto pelo ângulo de um time pequeno. Poderia ter escolhido o Horizonte, lá do Ceará, ou o XV de Piracicaba. Mas pelas minhas ligações afetivas com a cidade, escolhi o Ituiutaba, também conhecido como Boa (não me pergunte por que).

Tem sido uma experiência interessante. Tenho achado 0 x 0 um resultado sensacional. Nesta quarta minhas atenções estarão totalmente voltadas ao Boa. À noite, se tiver tempo, dou uma olhada no resultado do Palmeiras, que não vai me surpreender se decepcionar.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Chico, o torcedor da Portuguesa

O Chico é um torcedor fanático da Portuguesa, daqueles que chora a cada derrota. Ele é um dos pouquíssimos torcedores da Lusa que eu conheço pessoalmente. Os outros dois são o seu pai e o seu tio. E é muito bom ver alguém como o Chico torcendo por um time tido como "menor" (mas eu jamais ousaria dizer isso na frente do Chico), um time que não costuma participar de muitas finais - e nas poucas vezes que participa acaba sendo roubado, mas isso é outra história.

É diferente torcer para um time grande e torcer para um time "menor" (as aspas são em respeito ao Chico). Esse torcedor encontra menos torcedores do mesmo time que o seu por aí, fica de fora das discussões entre os "grandes", comemora menos títulos. Mas o pior deve ser o olhar de curiosidade que se lança quando se ouve da boca desse torcedor a resposta para a pergunta "pra que time você torce?".

Todo mundo "torce um pouco" pela Lusa também, mas ninguém sofre - como o Chico sofre - quando ela perde. Dizem que quem torce para times "menores" tem menos expectativas e, por isso, sofre menos. Não acredito que o Chico concorde com isso. Eu também não concordo. Torcedor fanático é fanático e ponto final. Vibra e sofre independente do tamanho do seu time.

Quando a Lusa caiu, junto com o Palmeiras, ouvi algumas pessoas - jornalistas e comentaristas entre elas - dizerem "agora a Portuguesa acaba". Estavam todos errados, ainda bem. Não só não acabou, como voltou para a primeira divisão e foi capaz de conquistar o coração de caras tão legais como o Chico.

O Chico é o cara de boné e camisa listrada aí na foto (essa foto está no encarte de um DVD da Portuguesa).

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Profissionalismo no futebol

Adriano, a principal estrela do São Paulo e o principal jogador atuando no futebol brasileiro hoje (senão em termos de qualidade técnica, certamente em termos de estrelato), foi expulso no clássico contra o Santos e agora vai ser julgado e pode pegar de 120 a 540 dias de suspensão. Duvido que pegue algo que chegue perto dos 120 dias, mas acho que deveria sim ter uma dura penalidade. Não tenho nada contra o Adriano, mas os jogadores de futebol precisam começar a se comportar como profissionais de verdade.

Se amor à camisa não vale mais, se o que vale hoje são os contratos milionários, se acabou o tempo do amadorismo no futebol, os jogadores precisam deixar de agir como amadores e serem, de fato, profissionais.

No mundo profissional, quanto maior a remuneração, maior a responsabilidade, maior a necessidade de se ter uma postura condizente com o cargo. Não é o que acontece com os jogadores de futebol. Não importa ser o mais bem remunerado do time, o comportamento continua igual ao de um juvenil. Suas atitudes prejudicam o time - o pagador de seus salários - e ainda assim ele não é penalizado. Se o artilheiro milionário passa jogos e mais jogos sem marcar, paciência, é uma fase, a torcida precisa entender.

Se querem ser remunerados como pouquíssimos profissionais no mundo são - ainda que atuem em áreas como Saúde ou Educação - os jogadores de futebol precisam aprender a agir como profissionais. E a penalização por conduta incorreta ou mau desempenho faz parte da carreira de qualquer profissional.

Uma vez li uma reportagem sobre o Michael Jordan que dizia que quando perguntado se não se incomodava com o fato de que sempre que o jogo apertava os seus companheiro de time mandavam a bola para ele resolver a parada, ele respondeu que não se incomodava de jeito nenhum, que essa situação era mais que justa, afinal ele ganhava muito mais que o resto do time, portanto tinha muito mais responsabilidade de resolver as partidas.

É assim com o diretor de uma empresa, que tem mais responsabilidade - e maior remuneração - que funcionários menos graduados. Tem que ser assim com um time de futebol.

Como disse, não tenho nada contra o Adriano e não quero que ele seja penalizado apenas como exemplo. Quero que ele e todos os que agirem como ele sejam sempre penalizados. Afinal, se à mulher de César não basta ser séria, é preciso parecer ser séria, o craque também precisa parecer ser craque. Precisa assumir suas responsabilidades.

Esses regulamentos...

Eu adoro campeonato de pontos corridos. Acho justo e emocionante. Mas também acho que é interessante termos torneios mais curto, disputados em outro formato, com a famosa "final".
Agora, o que não dá pra engolir são esses regulamentos dos estaduais, que inventam fórmulas mistas, como o Paulista, e não ficam nem cá, nem lá. Os campeonatos estaduais são os mais inventivos em termos de regulamento. E certamente nem sempre a principal intenção é tornar o campeonato mais atraente. Há interesses em privilegiar times do interior ou da capital, conforme o caso.
E com isso esses campeonatos vão perdendo a importância e o interesse do público.
Mas no quesito regulamento estapafúrdio vai ser difícil alguém superar o Campeonato Pernambucano. Nunca vi absurdo igual. Para se ter uma idéia, reproduzo aqui um parágrafo do que foi publicado na Gazeta Esportiva, mas vale a pena ver a obra completa: http://www.gazetaesportiva.net/campeonatos/futebol/regional/2008/pernambucano/conteudo/regulamento.php

"O Campeonato será disputado em dois turnos, sendo que o primeiro turno será realizado em duas fases, com três quadrangulares na primeira fase e três quadrangulares na segunda fase. No segundo turno serão realizados dois hexagonais, um hexagonal do título e um do descenso, de acordo com as disposições contidas nestas Normas Especiais."

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Denilson

Sempre achei o Denilson um jogador de muita firula e pouca objetividade. Quando surgiu no São Paulo acreditava-se que seria um craque de um quilate muito maior do que ele realmente foi. Tanto que ele foi alvo de uma milionária negociação com o Real Bétis, da Espanha. Mas nunca foi um titular absoluto na seleção, nunca foi indicado a melhor do mundo, nunca fez o sucesso que fizeram os Ronaldos, Robinho e Kaká, por exemplo.

Mas Denilson é um cara muito simpático e capaz de criar lances que empolgam, que trazem a alegria do futebol arte. Ainda que não se convertam em gols. Como aquele na Copa de 2002, quando ele arrastou quatro turcos atordoados na sua marcação, numa jogada que fez lembrar o Garrincha da Copa de 62 em jogo contra o México (se eu estiver enganada e relação a este jogo, por favor me corrijam). Só que, como o Garrincha era Garrincha, ele envolveu o dobro de marcadores.



Técnica e talento ele tem. Espero que jogue um belo futebol no Palmeiras.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Melhorou

Célio Messias/AE

Espero que os 3 x 0 contra o Guarani tenham sido realmente o início de uma nova fase para o Palmeiras e não apenas fruto da fragilidade bugrina. Esse time tem tudo para dar certo, mas é preciso acertar o gol, como o Alex Mineiro fez por três vezes nessa partida e, coincidentemente, sempre no mesmo canto.

Não pude acompanhar de perto essa rodada, mas parece que de uma maneira geral o futebol dos grandes melhorou. Palmeiras e Corinthians saíram do jejum e São Paulo e Santos fizeram um clássico cheio de gols.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Tá muito ruim!

Talvez o Palmeiras não tivesse tomado o segundo e o terceiro gols se Diego Cavalieri, e não o Marcos voltando depois de meses inativo, estivesse no gol. Talvez. Mas um time que arranca empates ou perde por pouco graças a milagres de seu goleiro é um time frágil, medíocre, provavelmente com um meio de campo sem criatividade e talento e um ataque ineficiente, como bem prova o rebaixado Corinthians do milagroso Felipe.

A campanha do Palmeiras neste Campeonato Paulista está medíocre e não condiz com os investimentos e com o marketing que foi feito em cima desse time. A esta altura o patrocinador deve estar querendo diminuir o desproporcional logotipo que estampou nas camisas palmeirenses.

Nestas sete primeiras rodadas ainda não se justificaram a troca de Caio Jr. pelo caríssimo Luxemburgo, nem as contratações de Alex Mineiro - pra mim, atacante que em sete jogos só marca em dois, pode ir pra casa -, Diego Souza, Leo Lima, Élder Granja, Lenny, Jorge Preá e Henrique.

Em sete jogos, foram duas vitórias - contra as potências do Sertãozinho e do Marília! -, dois empates e três derrotas seguidas; seis gols marcados e oito sofridos. É muito pouco para tanto investimento. Desse jeito vai ser bem difícil conseguir os títulos prometidos.

Será que é pedir muito para que jogadores profissionais treinem um pouco mais as finalizações? Que um atacante acerte o gol? Que um volante não cometa pênaltis e faltas infantis? Me irrita muito ouvir os jogadores e técnicos falando muito de "profissionalismo" na hora de renovar o contrato ou de acertar uma transferência e justificando muito pouco todo o dinheiro que ganham quando estão em campo.
Célio Messias/AE

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Torcer no Carnaval

Em 2006 eu fui Vai-Vai. Em 2007 fiquei dividida entre a Águia de Ouro e a Mocidade Alegre. E neste ano quem me empolgou foi a Vila Maria e mais uma vez a Mocidade Alegre. Mas sabia que a Vai-Vai podia ser a campeã, com justiça, e tenho a maior simpatia também pela Pérola Negra. Calma, você não está no blog errado, nem eu. Já vamos chegar no futebol. Descobri que no carnaval eu não sou uma torcedora de uma escola, mas sim uma admiradora do espetáculo, que se deixa levar por quem mais empolgar. Ao constatar isso, fiquei pensando como seria curioso ter essa postura em relação ao futebol, não ter um time do coração, mas a cada campeonato se deixar levar por quem jogar mais bonito.

E isso me fez lembrar uma conversa por e-mail que tive recentemente com meu pai sobre a diferença entre o torcedor racional e o passional. Meu pai é mais racional que eu (ele é sãopaulino). Eu sou absolutamente passional. E gosto disso.

Sempre me perguntaram porque eu não trabalha com jornalismo esportivo, cobrindo futebol. E eu sempre expliquei que era porque eu queria ter o direito de ser sempre absolutamente passional. Por exemplo, aqui no blog eu me calo quando o Palmeiras começa dessa maneira medíocre o Paulistão, apesar dos reforços de Alex Mineiro, Élder Granja, Lenny e Diego Souza e da chegada do Luxemburgo. Pra mim por enquanto está tudo igual ao time com o Osmar ou qualquer outro desses atacantes inúteis que passaram pelo Palmeiras nos últimos tempos. Se não me engano, aquele Kahê também estreou no time fazendo dois gols. Onde está mesmo ele agora?

Por isso, neste carnaval fui sexta e sábado ao Sambódromo, curti todas as escolas que eu quis e mal olhei o resultado do futebol. Para poder torcer por esse espetáculo de um jeito diferente.

Desfile da Águia de Ouro


Tá bom, confesso, me recusei a cantar ou sambar com a Gaviões.