terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Palpites

No dia 10 de maio, quando começou o campeonato brasileiro, eu dei os meus palpites para candidatos ao título e rebaixados. Como sempre, alguns bons acertos, umas bolas na trave e algumas furadas homéricas.

Meus candidatos ao título eram Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro, Inter e Corinthians. Até que não fui tão mal, afinal, realmente Inter, São Paulo, Cruzeiro e Palmeiras ficaram entre os cinco primeiros. Só deixei o campeão Flamengo fora da lista e incluí, enganadamente, o Cortinthians, que não teve o menor interesse por este Brasileirão.

Os candidatos ao rebaixamento foram Grêmio Barueri, Avaí, Náutico, Santo André e Atlético Mineiro. Coloquei o Atlético (MG) nessa lista considerando que todo ano vinha caindo um grande e que este deveria ser o ano de caída de um grande pela segunda vez. Errei isso também, este ano não caiu nenhum grande. Dos meus cinco candidatos, dois realmente cairam. Mas os outros três não correram risco nenhum, fui mal.

E na minha lista dos que iriam dar muito trabalho estavam Grêmio, Flamengo, Fluminense, Sport e Santos. Mais bolas fora... a não ser pelo Flamengo, que deu tanto trabalho que acabou ficando com o título.

Erros pra cá, acertos pra lá, acho que deu pra passar de ano.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Comparação inevitável

Acabo de ouvir na rádio Bandeirantes: quando o Andrade assumiu, o Flamengo estava na 14ª colocação no campeonato. Seu salário: vinte mil reais.

E daí eu penso: quando o Muricy assumiu, o Palmeiras estava a uma vitória da liderança. Seu salário: algo em torno de quatrocento mil reais.

Sério que tem gente que acha que vale?

domingo, 6 de dezembro de 2009

Vexame final

E o Palmeiras fechou com "chave de ouro" a sua participação no Brasileirão 2009: perdeu de 2 x 1 para o Botafogo no Engenhão e ficou em 5º lugar, fora da Libertadores. Na verdade, uma coisa que eu vinha me perguntando ultimamente é pra que se classificar para a Libertadores com esse time? Para passar mais vergonha? Para pipocar mais? Para fazer o torcedor passar mais raiva?

O time hoje foi medíocre como vem sendo recentemente. Mas o Muricy exagerou. As mexidas dele no time foram coisa de amador. Eu me pergunto se ele realmente teve alguma participação nos títulos do São Paulo ou se o grupo é que era bom mesmo e com qualquer um lá teria ganho.

Ele armou o time direitinho, pra jogar ofensiva e criativamente, com Cleiton Xavier e Deivid Sacconi no meio campo e Diego Souza à frente, ao lado do Vagner Love. O primeiro tempo terminou 0 x 0. Daí o gênio volta com o time mudado para o segundo tempo. Achou que já era hora de segurar o empate, que estava bom demais. Como o Inter ganhava fácil do Santo André, o título tinha virado pó mesmo e o que restava era a classificação para a Libertadores. E o melhor técnico do Brasil resolve segurar o jogo já no início do segundo tempo. Então tirou o Deivid Sacconi para colocar mais um volante, Sandro Silva. Resultado: Botafogo fez 1 x 0. Daí, o que faz o luminar? Tira um zagueiro para colocar um atacante! Gênio! Rinus Mitchel, no túmulo, deve ter se perguntado por que não fez esse tipo de alteração na Holanda em 74, porque aí o título teria sido garantido.

O Palmeiras teve o que mereceu pelo o que jogou nos últimos dois meses no campeonato brasileiro. A diretoria teve a melhor das intenções e fez o que pôde. Acordou com o parceiro a permanência de Diego Souza e Cleiton Xavier, contratou o melhor técnico do Brasil, trouxe de volta o atacante que até outro dia era convocado pela seleção. Mas não contava com as contusões de Pierre, de Cleiton Xavier e de Maurício Ramos; com as pipocadas de Diego Souza; com a inutilidade de Vagner Love; com o racha do elenco; com as brilhantes mexidas do técnico no time.

Por mim, agora, faria uma limpa geral. Deixaria só uns 2 ou 3 além do Marcos. Não adianta uma base rachada. Não adianta uma base com jogadores que não mostraram a que vieram. Não adianta um monte de jogador mais ou menos.

Enfim, vamos deixar tudo isso pra trás pra poder começar 2010 com um mínimo de esperança e dignidade.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Que venham os bolões!!

Faltam 188 dias para termos um mês inteirinho de celebração do futebol. E hoje começamos a sentir um certo gostinho, com a definição dos grupos da Copa da África do Sul.

Então vamos aos achismos que começam a surgir:

Acho que todas as seleções cabeça-de-chave de classificam, com possível exceção da anfitriã.

Acho que o Brasil pegou um grupo mais difícil do que os das últimas copas, mas não me importo porque a minha seleção está no grupo F e nessa copa não tem porque dar susto em ninguém pra se classificar.

Acho que todos os grupos estão equilibrados, que nesta copa não temos um verdadeiro grupo da morte.

E, baseada em importantes estudos científicos, acho que em 2010 teremos um campeão inédito. O que quer dizer que eu acho que Espanha ou Holanda serão campeãs. Porque eu não acho que alguma seleção que não seja cabeça-de-chave tenha condições de ser campeã. Só a França, mas a França não seria uma campeã inédita.

Espanha ou Holanda campeãs do mundo? Será que eu acho mesmo isso?

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Não sai, Marcos!

Marcos, ouça a minha mãe. Ela entende do negócio e sabe o que diz. Ultimamente ela tem te criticado por você estar jogando muito adiantado, por sair demais da pequena área. Diz ela: "antigamente goleiro não saía tanto do gol e não tomava esses gols. O Marcos precisa aprender com os goleiros do passado". Acho que ela tem razão, Marcos. Será que era mesmo pra você ter saído no lance que resultou no gol do Diego Tardelli, por exemplo? Eu comecei a reparar e tem muito goleiro, não só você, tomando gol assim por se adiantar, por sair demais do gol.

domingo, 29 de novembro de 2009

Golaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaço!!!!

Tá, o Palmeiras pode não ser campeão, mas é dele - de Diego Souza - o gol mais sensacional do campeonato. E isso eu afirmo sem medo antes da última rodada. Esse gol ninguém vai superar.


Tá acabando

Do jeito que o Palmeiras já tinha ido pro fundo do poço, eu acreditava sim na vitória contra o Atlético (MG). Até porque acabou a pressão de ser campeão. E acreditava também no Goiás contra o São Paulo. Só que acreditava também que o Sport e o time da zona leste arrancariam pelo menos um empatezinho de Inter e Flamengo, respectivamente.

Ah, se tivessem jogado pelo menos uma outra partida como jogaram hoje... uma vitoriazinha contra Santo André ou Náutico ou Sport ou Fluminense e a história seria bem outra. Estava tão fácil...

Agora será preciso muito esforço de San Gennaro, San Vito, Nossa Senhora Achiropita, Nossa Senhora Casaluce, além do São Marcos, é claro, para que o milagre aconteça. Mas de santo é bom não duvidar...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O peixe morre pela boca

Belluzzo, pelo amor de deus, fecha a boca. Você está humilhando o Palmeiras e nós não merecemos isso.

Para quem não sabe, quando o Palmeiras ainda liderava o campeonato, o seu presidente esteve numa festa da facção Mancha Verde e fez declarações preconceituosas e agressivas contra o São Paulo. Não vou postar o vídeo aqui porque não quero ter essa mancha no meu blog.

Belluzzo, o intelectual, o tão badalado, não está sabendo agir de acordo com a grandeza que o cargo de presidente do Palmeiras exige. Talvez isso explique muita coisa.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sonhando demais?

Ser torcedor é acreditar. E eu ainda acredito! Pode ser difícil, mas não é impossível. Ainda mais neste campeonato, em que o inacreditável tem sido muito mais frequente que o razoável. Ou alguém acreditaria que o Palmeiras no segundo turno não ganharia de nenhum dos clubes da zona de rebaixamento? Ou que o Fluminense ganharia cinco partidas seguidas?

Portanto, eu acredito que o Palmeiras ganha do Atlético (MG) e do Botafogo, que o São Paulo perde do Goiás, que o Flamengo perde do Corinthians e que o Inter empata com o Sport.



P.S.: Mesmo isso acontecendo, continuam valendo as broncas e as decepções com o time. Mas isso é conversa para outra hora.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Hipocrisias

Hipocrisia nº 1 - Agora monsieur Henry vem dizer que realmente seria justa a realização de uma nova partida entre França e Irlanda, porque ele realmente pôs a mão na bola. Fácil falar agora que sabe que a Fifa não vai realizar outro jogo, né, Henry? Se é assim tão bonzinho e tão honestinho, por que não falou pro juiz na hora "olha, senhor, melhor não validar este gol porque eu dominei a bola com a mão e nem o senhor e nem o bandeirinha viram"?

Hipocrisia nº 2 - A diretoria do Palmeiras orientou (eufemismo para mandou) os jogadores a não darem entrevistas criticando colegas. Recado claro para Marcos e Danilo. Quer dizer, então, que não pode ser sincero na entrevista? É pra fazer o repórter sair correndo atrás do jogador pra ouvir "nós fizemos o professor pediu, mas infelizmente não demos sorte hoje, mas se deus quiser no próximo jogo a gente consegue um resultado melhor"? Se é pra isso, melhor nem ter entrevista, né? A gente já conhece de cor e salteado todas as respostas-padrão.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

2009, um ano para se esquecer

Campeonato paulista decepcionante.
Libertadores decepcionante.
Keirrison decepcionou ao sair fugido.
O campeonato brasileiro foi um dos mais decepcionantes dos últimos tempos. Talvez só perca para o de 2002.
Diego Souza decepcionou.
Vagner Love decepcionou.
Muricy decepcionou (ou não, para quem não esperava grandes coisas dele).
Obina decepcionou e envergonhou.
Maurício decepcionou e envergonhou.
Até Belluzzo decepcionou (terá sido o destempero de Obina e Maurício um reflexo do comportamento do presidente do clube?).
Como sempre, a exceção fica para o Marcos.
Um fim de campeonato melancólico.
Brigar por uma vaga na Libertadores? Pra quê? Pra chegar lá e decepcionar de novo?

Quem vai vir a público contar o que realmente houve para que este ano fosse tão ruim para o Palmeiras, notadamente na reta final do campeonato brasileiro? Quem vai dar satisfações para a torcida que fez papel de boba e pagou ingressos caros para isso?

Quem vai ter autoridade, lucidez e competência para pôr ordem na casa e dar um pouco de alegria para o torcedor em 2010?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Santo de casa pode fazer milagre sim

O Palmeiras perdeu a liderança do Brasileirão, caiu para terceiro lugar, atrás de São Paulo e Flamengo. Flamengo que vem jogando muito bem, ganhou do próprio Palmeiras, e subindo vertiginosamente na tabela.

Ontem, ao sair de campo, em entrevista para Band, Adriano foi perguntado se o time estava "correndo pelo Andrade". O Imperador respondeu que sim, que Andrade é um cara sensacional, muito humilde e que o time corre por ele também.

Andrade, o ex-jogador do Flamengo sem grandes experiências como técnico, está levando o time para cada vez mais perto do título.

Essa resposta do Adriano e o perfil do Andrade não fazem lembrar outro ex-jogador sem grande experiência como técnico, mas que estava fazendo seu time jogar muito?

Pois é... nem sempre a grande estrela, o mais caro é a melhor solução. Às vezes a melhor solução está mesmo dentro de casa.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Freguês dos rebaixados

Depois do Palmeiras só ganhar 1 dos 12 pontos disputados contra os times da zona de rebaixamento - Santo André, Náutico, Fluminense e Sport -, entre outros desempenhos não mais empolgantes, acho que o presidente Belluzzo deveria ter em relação ao elenco e ao técnico palmeirenses a mesma indignação que teve com o Simon. Afinal, diferentemente do Simon, os jogadores e o técnico são funcionários, recebem para trabalhar e estão prejudicando o clube mais que o Simon.

Está claro que o elenco está rachado, que tem jogador que não está se empenhando. Não precisaria nem ter ouvido as declarações do Marcos para concluir isso. Basta olhar o time em campo. Diego Souza desapareceu, desde que foi convocado para a seleção nunca mais jogou. Vagner Love parece só se preocupar com suas tranças.

Ontem, no segundo gol do Sport, achei que se o Marcos não tivesse saído, talvez não tivesse tomado o gol. Mas comecei a reparar que ele está saindo desesperado em todas as bolas, até em cima de seus zagueiros. Isso mostra uma total falta de confiança na zaga.

O pior do Palmeiras não conquistar o título mais fácil da história é o Marcos ficar mais uma vez sem um título brasileiro. Ele merece muito ser campeão brasileiro. Ainda que a torcida reconheça todo o seu valor mesmo sem esse título.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Vamos banir o Simon do futebol!

Não sei se adianta de fato alguma coisa, nem se realmente chegará até a Fifa. Mas depois do que o Simon fez ontem, o mínimo que se pode fazer é assinar um abaixo-assinado pedindo o seu banimento do futebol.

Eu já assinei. Assine você também: http://www.ipetitions.com/petition/SIMON_NUNCA_MAIS/

domingo, 8 de novembro de 2009

Caro Muricy,

Você ainda não conseguiu dar uma cara de campeão ao Palmeiras. Aliás, na verdade, você não conseguiu dar cara nenhuma ainda ao Palmeiras. E o grande problema é que só faltam 4 rodadas para o fim do campeonato e agora o Palmeiras não depende mais só dele: ainda que vença todos os jogos que faltam, é preciso contar com um vacilo do seu São Paulo para que consiga o título.

Era pra gente estar colocando a segunda mão na taça a esta altura do campeonato, mas o time perdeu, perdeu, perdeu, empatou, perdeu de novo. Nos últimos sete jogos, só ganhou do Goiás, em noite brilhante do Obina, aquele que você sempre substitui, e em noite que Vagner Love não jogou, aquele que você insiste em deixar em campo, mesmo quando não está jogando nada, nada, nada, como hoje.

Você diz sentir a ausência do Cleiton Xavier em campo, mas não pensa em colocar outro jogador que possa assumir a sua função em campo, como o Deyvid Sacconi, prefere jogar com três zagueiros, com o Marcão fazendo a gente quase morrer de enfarte. Você diz que deixa o Love em campo porque ele é um jogador veloz, mas não aposta na velocidade do Lenny.

Você só faz alguma substituição quando o time já está perdendo. E normalmente troca seis por meia dúzia. Sabe, eu não consigo entender porque você é considerado um técnico tão bom se não sabe substituir.

Hoje nós fomos escandalosamente roubados. O que o Simon fez não se faz com ninguém. E claro que aquele gol do Obina - veja bem, o gol foi do Obina, não foi do Vagner Love - poderia ter mudado completamente a história do jogo. Mas sejamos sinceros, o Palmeiras não fez por merecer um resultado diferente da derrota. Quem assiste principalmente ao segundo tempo sabendo apenas que estavam em campo um time candidato ao título e outro que luta para não cair, ia ter certeza de que o que luta para não cair, porque está jogando um futebolzinho muito ruim, é o Palmeiras.

A coisa tá feia, Muricy, e o pior é que não tá com cara de que vá melhorar. Mas eu tenho uma sugestão para você. Amanhã bem cedo você liga para o clube, avisa que não está bem de saúde e que está indo para o hospital. Você deve ter algum amigo médico que vai lhe quebrar esse galho. Ele vai dizer que você precisa ficar internado para exames, que o quadro está complicado e tal. Nisso, seu assistente Jorginho terá que assumir o time com interino. E seu amigo médico levará essa internação até o fim do campeonato. E o Jorginho fica como interino. Aí o Palmeiras terá uma chance real de reverter essa situação e chegar ao título. Você levará seus créditos, entrará para a história como técnico tetracampeão, a gente finge que acredita que foi mesmo você que levou o Palmeiras ao título e no fim do ano você pede pra ir embora, alega que está muito cansado, que a doença o debilitou. Assim, a gente fica com chances de disputar de verdade a Libertadores.

Muricy, o que era fácil se tornou um milagre. E você agora precisa desse milagre pra justificar a sua contratação e o seu salário. Porque pra tirar o Obina pra colocar o Robert e deixar o Vagner Love em campo não precisa ganhar nem 1% do que você ganha.

Agora, por favor, aproveita e manda um recado meu pros jogadores. A Band transmitiu aquele momento do "grito de guerra" ali no túnel, momentos antes de entrar em campo, quando palavras de ordem e chavões são urrados pelos jogadores. O Fluminense não fez nada disso, entrou em campo e ganhou. Fica até chato fazer todo esse teatro e não corresponder em campo. Porque nossos principais jogadores não estão correspondendo. Diego Souza só tenta cavar falta. Ele não vai para a jogada, ele fica esperando a falta chegar, é irritante. Vagner Love não domina uma bola, não acerta um passe, não dá um chute a gol. Acho que desaprendeu totalmente a jogar na Rússia. Chega a ser cômico imaginar que ele queria uma vaga na seleção. Se desse para a bola a atenção que dá para as tranças talvez tivéssemos melhor resultado em campo. A melhor coisa do jogo de hoje foi ele ter tomado o terceiro amarelo.

Muito se falou nesse campeonato. Pouco tem sido feito. E agora não há mais tempo para nada, é ganhar ou ganhar.

Volta, Jorginho! Volta, Valdívia!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Deixando muito a desejar

Eu andava quieta, sem muita inspiração para escrever aqui, mas agora foi demais.

Um ponto ganho em 12 disputados. Isso é campanha de campeão? Isso é trabalho de técnico de primeira linha, recebedor de centenas de milhares de reais mensais? Isso é digno de jogador de seleção? De estrela que volta pro Brasil cheio de badalação?

O que acontece com o Palmeiras? Como o time se perdeu tanto? Tempos atrás, acho que nem foi neste ano, certamente quando ainda era dirigido pelo Luxemburgo, eu disse que o Palmeiras tinha se tornado um time com medo de vencer. Parece que isso voltou. Hoje o time estava louquinho pra fazer um gol contra. Tanto que tomou um gol humilhante. Sim, aquele segundo gol foi humilhante.

Os verdadeiros bastidores de um time são impenetráveis, não dá pra saber o que desestabilizou tanto assim o time, mas o que a gente vê em campo é desanimador. Mediocridade pra tudo quanto é lado. A começar pelo técnico. No jogo contra o Flamengo, aos 40 do segundo tempo, quando já perdia por 2 x 0, o Muricy me tira o Souza e coloca o Marquinhos. Alguém pode me explicar o que pretende um técnico cujo time perde de 2 x 0 desde os 17 do segundo tempo ao fazer uma subsituição faltando cinco minutos pra terminar o jogo? Mas hoje ele fez uma grande substituição, daquelas típicas de dar nó tático no adversário: tirou um atacante e colocou outro. Isso também no segundo tempo, quando também já perdia o jogo.

Quando foi contratado, eu falei que achava que o Muricy não valia o que lhe pagavam, que era muito mais negócio ficar com o Jorginho. Ele está provando que eu tinha razão. Para fazer um em 12 pontos disputados na reta final do campeonato, o Jorginho também faria. Ou a minha mãe, que pelo menos é palmeirense de verdade. Ah, dizem uns, mas técnico não erra passe, não chuta a bola pra fora. É? Então também não acerta passe, não dribla e não faz gol e não merece ganhar uma pequena fortuna por mês.

Essa questão dos salários realmente me irrita muito. Assim como o fato dos jogadores adorarem ressaltar que são "profissionais". Em qualquer empresa, profissional que não corresponde é mandado embora. Ainda mais se receber um salário milionário. Mas com eles nada acontece. São convocados para a seleção, são valorizados, assinam um contrato bilionário com algum time da Ucrânia, da Arábia ou de qualquer outro país cheio de tradição futebolística e adeus para o time onde ele estava e que ficou sem o título. Ele garantiu a sua parte.

Gostaria muito de ver o Muricy ter a hombridade de assumir que não está valendo o que ganha, pegar seu bonezinho tricolor e ir de volta para o seu Morumbi querido.

Mais que isso, gostaria muito de ver um time formado só por Marcos, jogadores que tivessem - não vou pedir amor - mas pelo menos respeito verdadeiro pelo time em que jogam, pela torcida que paga pelo menos 40 reais para vê-los em campo.

Hoje eu tive muita raiva. Tive raiva da passividade do Muricy, da incompetência dos jogadores, do fato do Palmeiras estar se apequenando e, principalmente, de não conseguir viver sem futebol. Porque a esta altura do campeonato, eu queria apenas esquecer que futebol existe. Mas não tem jeito, quem sofre desse mal não se livra dele nunca.

Os discursos antes deste jogo foram cheios de garganteios. Mas em campo nada correspondeu ao que foi dito. Espero que agora não digam mais nada, mas joguem.

Matematicamente ainda podemos chegar ao título. E, claro que se isso acontecer, eu vou comemorar demais. Mas! Sim, há um mas. Esta mágoa e esta crítica não serão apagadas e a desconfiança em relação à Libertadores será ainda maior.

Pra terminar: que horror que é esse Figueroa!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016

Juro que não entendo como alguém pode comemorar a realização dos Jogos Olímpicos no Rio. A experiência do Pan não foi o suficiente? O que já está acontecendo com a Copa não serve de lição?

Ah, mas teremos obras de infra-estrutura que ficarão para o país, dizem uns. Sim, claro, obras importantíssimas e utilíssimas como as que foram feitas para o Pan; como um baita estádio de futebol em Manaus, uma cidade de enorme tradição futebolística no país, com um dos campeonatos estaduais mais disputados de todos, com vários times disputando a ponta do campeonato brasileiro.

Claro que não será usado dinheiro do BNDES para obras no Rio, assim como não será usado para reformar nenhum estádio para a Copa.

Claro que não se deve pensar no que poderia ser feito em educação e saúde com os 100 milhões de reais de dinheiro público que já foram usados só na campanha para trazer os Jogos Olímpicos para cá. Afinal, um evento como esse traz muitos benefícios para o país. Peça para um ateniense te contar o quanto foi bom e importante para a cidade ter as Olimpíadas lá, quantas obras de infra-estrutura ficaram para a cidade.

Sinceramente, esse ufanismo esportivo me irrita muito, me faz ter raiva e torcer muito contra o Brasil nesses eventos. Não temos nada o que comemorar, apenas o que lamentar. E muito. Porque será muito dinheiro indo para o ralo. E para o bolso de alguns também, é claro.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Que falta que Pierre e Diego Souza fazem!

O Palestra Itália conseguiu uma bela e importante vitória ontem. Ao vencer o Inter em Porto Alegre, o Palestra mineiro deu uma baita ajuda ao Palestra de São Paulo. Por que este, jogou muito mal, jogou fora a chance de abrir uma vantagem maior sobre o segundo e o terceiro colocados que estão ali, muito pertinho na sua cola e mostrou que eu tinha razão na sexta-feira, quando falei que o Palmeiras não tem elenco.

Sem Pierre e sem Diego Souza o Palmeiras mais parecia um time que estava brigando para não cair. Talvez um time que brigasse sim pela liderança, mas da série B e não da série A. Foi uma tarde horrível em Salvador. Obina se machucou ainda no primeiro tempo forçando uma substituição prematura. Nada deu certo. Até o Marcos falhou. E só para me contrariar o Muricy escalou três atacantes. Mas quando já era tarde demais.

Muricy, aliás, ainda não mostrou no Palmeiras porque é considerado um técnico de primeira linha.

Vagner Love devia se preocupar menos com as trancinhas e mais com o seu futebol. Não ganhou uma dividida e não mostrou nenhum perigo ao goleiro adversário, a não ser quando estava em impedimento.

Claro que perder para o Vitória em Salvador pode ser considerado um tropeço natural. Não é isso que me preocupa, a derrota em si. Mas o fraco futebol que o time apresentou ontem. Para manter a liderança e chegar ao título tem que melhorar muito. Abre o olho, Muricy.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Linha atacante aos montes

Faz tempo que o Palmeiras não marca mais de dois gols em uma partida. Os resultados mas frequentes desde que o Muricy assumiu têm sido 1 x 0, 1 x 1 ou 2 x 1. Mas isso não é por falta de atacantes, pois o Palmeiras tem oito atacantes em seu elenco. Isso mesmo, oito. Além de Vagner Love, Obina e Ortigoza, que você tem visto jogar, o time conta com Lenny, Marquinhos, Willians, Daniel (Lovinho) e o incrível Robert, que era uma contratação de peso, mas que nem no banco tem ficado. E fala-se ainda em contratar o Edno, da Portuguesa.

Ok, traz o Edno. Mas então dispensa as inutilidades. E pensa bem na hora de contratar. Tenho certeza de que Marquinhos, Willians, Robert e Lenny pesam, e muito, na folha de pagamentos. Daniel não porque é prata da casa. Pra que que contratou esse Robert? Me fala, pra quê? Quem é bom de verdade, chega e joga, como o Vagner Love. Até como o Obina.

Não era melhor dispensar os quatro que não estão sendo utilizados mesmo (eu sei que o Lenny está machucado, mas será que faz tanta falta assim? Será que o Muricy escalaria ele? Ou ele seria o novo Dagoberto do Muricy?) e quando for contratar pegar um titular ou um reserva à altura? Algum técnico escala três atacantes? Não, né? Muito menos o Muricy. Então, ficar com Vagner Love, Obina, Ortigoza, Lovinho e Edno não tá bom demais?

O Muricy não cansa de dizer que para ganhar um campeonato longo como o Brasileirão, no qual sempre vão existir problemas de lesões e suspensões por cartões, é fundamental ter um bom elenco. Veja bem, um BOM elenco. Isso não é a mesma coisa que um elenco numeroso.

Temos um ótimo time titular, mas sem reservas à altura. Ou o Jefferson é um bom lateral? E o tal do Figueroa, grande lateral direito, que nem no banco tem ficado? Estamos totalmente tranquilos e seguros na zaga? E o que acontece com o time quando o Pierre tem que ser afastado por lesão? Quem é o reserva do Diego Souza? David Sacconi está à altura do Cleiton Xavier?

Enquanto isso, oito atacantes recebem tranquilamente o seu salário, mais da metade deles sem nem sentar no banco, só treinando.

Pra mim não faz o menor sentido. Ou melhor, faz. Deve ter muita gente além desses oito ganhando dinheiro com eles.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Frase perfeita

Li no blog do Juca Kfouri.

"Do jornalista Marcelo Barreto, do Sportv:

'Bellini inventou o gesto de erguer a taça.

Carlos Alberto o de beijar a taça.

E o Dunga o de xingar a taça.'"

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Com o Dunga, não!

Certamente será a Itália, que está muito perto de se classificar. Mas pela seleção brasileira é que eu não vou torcer na copa de 2010. Não dá para torcer e vibrar por uma seleção dirigida pelo Dunga. O Brasil acaba de fazer o quarto gol sobre o Chile, em jogo pelas eliminatórias, com a seleção já classificada. Dunga, ao invés de comemorar alegremente, vira-se para alguém que a câmera do Sportv não focalizou, mas provavelmente um torcedor que lhe azucrinava, que lhe xingava, e começa a chamá-lo de filho da puta, a xingá-lo com ódio no olhar. Teve que ser seguro por Paulo Paixão e outros integrantes da comissão técnica. Uma cena lamentável, inadmissível.

Dunga é uma pessoa violenta. Jogava de maneira violenta, destrutiva. Comemorou a conquista de 94 com raiva e não com alegria. Ele é raivoso. Nas entrevistas está sempre na defensiva. Então, não dá pra ser feliz com ele.

Além disso, essa seleção tem gente arrogante de sobra e carismática de menos.

Minha linda camisa amarela, que ganhei de amigos queridos no meu aniversário durante a copa de 2006, vai ficar guardada até Dunga sair da seleção.

Enquanto isso, avanti, Azzurra!!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Futebol de verdade na rua Javari

Sábado lindo de sol em São Paulo. Eu e meu marido vamos para a Mooca. Paramos na incrível Di Cunto para comer alguns salgados deliciosos. Mais alguns poucos quarteirões e estamos na rua Javari. Paramos a cerca de 50 metros da portão principal do estádio Conde Rodolfo Crespi. Detalhe: não havia nenhum flanelinha nas imediações para nos extorquir.


Sem enfrentar filas, confusões ou tumultos, compramos nossos ingressos e calmamente entramos neste templo do futebol. Afinal, foi aqui que Pelé marcou o gol mais bonito de sua carreira. E foi aqui que, uns 38 anos atrás, eu assisti à minha partida de futebol ao vivo: Juventus x Ferroviária.

O jogo deste sábado era válido pela Copa Paulista 2009: Juventus x São Bernardo FC.


O jogo foi movimentado. O Juventus foi para cima e no primeiro tempo fez 1 x 0 com o veteraníssimo Alex Alves, que, confesso, eu não havia reconhecido em campo. Ele aproveitou a sobra de uma cobrança de escanteio e marcou. No segundo tempo teve ainda mais um gol juventino numa jogada pelo meio e aos 44 minutos, numa belíssima cobrança de falta, o Moleque Travesso cravou 3 x 0 no placar.

Mas, para mim, isso não era o mais importante. O mais importante era estar no meio de uma torcida tão peculiar, uma torcida que raramente pode ver um jogo de seu time pela tv, que não está muito acostumada a comemorar títulos, mas que verdadeiramente adora seu time e seu clube.




Importante - delicioso! - foi poder comer os famosos e, realmente incríveis, canoli no intervalo do jogo.


Importante também a oportunidade de assistir a um jogo praticamente de dentro do gramado. (Juro que não usei zoom para fazer o vídeo.)


Na saída, fiquei na dúvida se a Kombi era do time ou da torcida...


Não sei como pude passar tanto tempo ser ir à rua Javari. Mas com certeza agora passarei a ser frequentadora assídua. Lá a gente até entende o movimento moquense que diz "ódio eterno ao futebol moderno".


domingo, 30 de agosto de 2009

Não foi bom. Mas podia ter sido pior.

Assim como no primeiro turno, o clássico contra o São Paulo terminou 0 x 0. No Palmeiras, quatro destaques. Marcos, como sempre, que fez meia dúzia de defesas importantes e difíceis; Edmílson, absolutamente seguro; Armero, que se movimentou sem parar e foi o único a dar um caráter mais ofensivo ao time; e, por fim, a nulidade do ataque. O Palmeiras não tem mostrado força ofensiva alguma. Hoje Rogério fez apenas duas defesas, uma num chute (ou teria sido num cruzamento?) do Wendel, outra num chute do Armero, ambas no segundo tempo.

Espero que a postura ofensiva palmeirense mude agora com a chegada do Vagner Love. Se não estiver mascarado demais, vai ser um grande reforço para o time.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Camisa três

Acho muito importante homenagear o passado, acho mesmo. E torço muito pela seleção italiana, inclusive em copas do mundo e muitas vezes contra a seleção brasileira. Dito isso, quero registrar que detestei a nova camisa três do Palmeiras. Eu não torço para um time de camisa azul, afinal, um dos principais apelidos de meu time é "Verdão". Adoro a Cruz de Savóia, mas cadê o distintivo do meu Palmeiras? Por que não o distintivo do Verdão do lado esquerdo e a Cruz de Savóia do lado direito? Nunca fui muito fã da camisa marca-texto, mas até que passava, no fim, era um tom de verde, não o verde-Palmeiras, mas verde. E o distintivo estava lá. Essa nova camisa três pode até ter dado sorte contra o Inter, mas que descaracterizou demais o Palmeiras, descaracterizou. Vamos devegar com as invencionices, como se não bastasse aquele nome enorme do patrocinador chamando a atenção mais que tudo no uniforme, agora tiram o verde do meu Palmeiras. Aí já é demais!

Viu onde está o distintivo do Palmeiras? No cantinho aqui embaixo, onde teoricamente, a camisa já fica pra dentro do calção...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Assino embaixo

Acorda, Muricy. Seja você mesmo...

Escrito por Cosme Rímoli

Há uma apatia estranha em Muricy Ramalho.
Ele perdeu a primeira partida comandando o Palmeiras, ontem, em Curitiba.
Em um pênalti inexistente no final do jogo.
Condição mais do que clara para ele poder xingar, prostestar, subir nas cadeiras, mostrar indignação.
Liderança do Brasileiro mais do que ameaçada.
O treinador não se sentiu nem à vontade para enfrentar cara a cara os questionamentos.
Enfrentar no seu estilo mal criado.
Alguns fatores estão fazendo Muricy Ramalho se sentir um estrangeiro no Palmeiras.
O principal, a relação com a Traffic.
O treinador já pediu um atacante mais efetivo, com potencial de Seleção Brasileira.
Só que para isso, os patrocinadores rebateram.
Mostraram que talvez seja difícil segurar Diego Souza e Cleiton Xavier.
E aí?
Que postura o treinador precisa tomar?
Revelar que fará uma novena para agosto acabar e a janela de transferência fechar?
No São Paulo tudo era mais direto.
Mais simples.
Bastava conversar com os dirigentes do clube e ponto final.
No Palmeiras existem os comandantes do clube e os parceiros financeiros.
Reuniões, análises de gastos dos dois lados.
Dívida do clube.
A necessidade de lucro da Traffic.
A investidora colocou jogadores para valorizá-los e vendê-los.
Não escondeu de ninguém.
Muricy precisa parar de tatear no escuro.
Se posicionar como treinador de elite.
Que os dirigentes do Palmeiras imploraram para contratar.
Ele não é mais um auxiliar que precisa agradecer a chance de comandar um grande clube.
Esquecer que tanto tempo considerou o Palmeiras rival, inimigo.
Deixar para trás que tantas vezes se alegrou com as derrotas do time de verde.
Agora o agasalho verde quem veste é ele.
Muricy tem de se impor.
Gritar, cobrar, dar socos na mesa.
Não só com jornalistas.
Mas com quem tem poder para lhe oferecer melhores condições de trabalho.
A janela não precisa ser vista com medo.
Pode ser analisada com alegria.
É a chance de o Palmeiras contratar, buscar quem Muricy precisa.
Já passou da hora de Muricy ser Muricy.
Não foi esse treinador apático, constrangido, por quem Belluzzo tanto suspirou.
E que pagou o que não podia para ter comandando o Palmeiras...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Será que vai?

Os mais otimistas, como a minha mãe, dizem que o juiz prejudicou o Palmeiras ontem contra o Coritiba, no Couto Pereira. Os mais críticos, como eu, dizem que se o time estivesse ganhando por uma bela vantagem, o gol de pênalti no fim não faria diferença. Mas o time pouco chuta contra a meta adversária e, assim, fica difícil fazer gol.

Em seis jogos sob o comando de Muricy o Palmeiras não fez mais de um gol em nenhuma partida. Ganhou dois, empatou três e perdeu um. Sendo que quatro desses adversário lutam para não cair e os outros dois (dois dos empates) estão ali na briga pelo título.

É uma campanha bastante fraca para quem chegou com todo o status e badalação que o Muricy chegou. Não é uma campanha de campeão. Claro que ainda há tempo para reverter isso, mas estamos perdendo pontos preciosos e vendo os adversários se aproximarem.

Agora, na sequência, temos Inter e São Paulo. Os dois ex-times do técnico. É a grande chance do Muricy dizer a que veio.

domingo, 16 de agosto de 2009

Joguinho

Ontem fui com a minha mãe ao Palestra Itália para ver Palmeiras x Botafogo. Vimos um belo espetáculo da torcida e um joguinho bem feio (empate por 1 x 1 com o Botafogo saindo na frente). Incrível como são cada vez mais raras as belas jogadas pelos nossos gramados e cada vez mais frequentes os chutões e a bola alta, que vai pra lá e pra cá, sem parar em pé nenhum. O que me faz lembrar um suposto e lendário diálogo entre um técnico - não sei se era o Neném Prancha, mas é bem provável - e um jogador:

- Meu filho, a bola é feita de quê?
- De couro, professor.
- E o couro vem de onde?
- Da vaca, professor.
- E vaca come o quê?
- Grama, professor.
- Então, meu filho, bota a bola no chão, que é de grama que ela gosta!

Mas voltando ao Palmeiras, pode ser que ele ganhe o título e mude tudo, mas até agora o Muricy não convenceu. O time não troca passes, não arma jogadas, não tem um padrão de jogo.

Algumas coisas que eu observei ontem no Palestra Itália:
1) Pode até ter dado certo contra o Corinthians, mas eu não gosto de time com três volantes.
2) Prefiro o Diego Souza vindo de trás, ali na frente ele não rende tanto.
3) Nunca imaginei que fosse dizer isso um dia, mas o Obina fez falta.
4) O Palmeiras fica contratando 408 atacantes, mas não tem opções nas laterais e nem no meio de campo. Marcou bem o Cleiton Xavier e o Diego Souza, acabou o time.
5) Parece que o rendimento desses dois caiu depois que a diretoria anunciou que ninguém ia sair do time até o fim do ano.

Precisa melhorar bastante para chegar ao título e não ser, mais uma vez, apenas um fogo de palha.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Coisas que me irritam

Ontem, durante o empate do Palmeiras com o Atlético Mineiro por 1 a 1 no Mineirão aconteceram duas coisas que me irritam muito. Uma teve um final do tipo "bem feito!", mas a outra não.

A primeira coisa é a paradinha na batida do pênalti. E, "bem feito", adiantando-se ou não, o Marcos defendeu. O goleiro não pode nada e o atacante pode tudo. Acho extremamente injusto. E, quer saber? Craque que é craque, não precisa recorrer à covardia da paradinha, batedor que é batedor chuta no alto, porque lá goleiro nenhum pega. Nem o Marcos. Mas pra fazer isso precisa ser bom de verdade.

A outra coisa que me irrita é a tal valorização da posse de bola. Ou seja, ficar trocando passes sem objetividade nenhuma no campo do adversário, ir recuando a bola para a sua própria intermediária porque o adversário adianta a marcação e acabar perdendo a bola num passe errado. Valorização da posse de bola pra mim é ir buscá-la no fundo do gol do adversário e voltar com ela na mão para o meio de campo. Isso sim é uma posse de bola de valor.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Centenários

E na briga lá de baixo, encontramos o Coritiba, que, no ano do seu centenário, ao invés de estar disputando títulos, está lutando para não cair.

Eu, aliás, acho que esse negócio de centenário é bem pé frio. Numa pesquisa rápida, vemos que o Inter, que também comemora centenário este ano, ganhou dois título impostantíssimos para comemorar os seus cem anos: o Estadual e a Copa Suruga Bank; no ano passado o centenário Atlético Mineiro não ganhou nada, como o Grêmio, que comemorou seus cem anos em 2003 e não ergueu nenhuma taça; um dos primeiros clubes brasileiros a completar o centenário foi o Flamengo, que comemorou com a conquista de uma taça Guanabara.

Pouco, né? Acho no ano do centenário, o negócio é colocar as barbas de molho. Ainda bem que pra 2014 ainda tem chão.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Luxemburgo no Senado

Vanderley Luxemburgo e sua conduta ética realmente combinam com nosso Senado. E não me espantará nem um pouco se os eleitores de Tocantins elegerem esse luminar como senador. A simples menção de que Luxemburgo cogita passar perto da política deveria causar profunda indignação em qualquer eleitor. Mas aqui, a gente sabe, não é assim. Tenho certeza de que se se candidatar, se elege. Cada povo tem os governantes e os legisladores que merece. E que elege.

Leia aqui sobre a possível candidatura de Luxemburgo ao Senado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Bandalheira 2014

Começou a badalheira com o dinheiro público para Copa de 2014. O São Paulo puxa a fila pedindo dinheiro para o BNDES para reformar o seu Morumbi, obra que a diretoria havia garantido que seria feita com dinheiro privado. Ricardo Teixeira admite que precisará de dinheiro público para o Brasil ter estádios na Copa de 2014. Tudo isso óbvio. Tudo isso já demonstrado nos Jogos Panamericanos do Rio.

A imprensa está divulgando esses absurdos, mas tenho certeza que quando a Copa se aproximar, aqeule ufanismo babaca que toma conta da imprensa em época de Copa do Mundo vai sobrepujar as denúnciar, todo mundo vai esquecer o assunto (tá, um ou outro vai se manter coerente, mas serão as mínimas exceções de sempre), a Globo vai deitar e rolar com o evento, o Galvão Bueno vai estar mais insuportável do que nunca e a vida continuará.

Por isso que eu sempre fui muito contra a uma Copa aqui. Um país com Saneys, Lulas e Collors amiguinhos não tem competência pra fazer direito um evento desse porte.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Juventus rumo a Tóquio

Quem acompanha o Nos Gramados há um tempinho deve se lembrar do Pattoli, um juventino de verdade. Quem não lembra ou não leu, aproveita pra ler agora.

Pois tem uma notícia muito legal no blog dele, sobre um documentário feito na mais emocionante final da história do Juventus. Passa lá pra ver.

Sorte ou competência?


Com a colaboração de Vitor Bara, que me mandou o vídeo.

Isso sim é cobrança ensaiada!


Com a colaboração de Vitor Bara, que me mandou o vídeo.

Parabéns e obrigada, presidente Belluzzo!

Essa época de janela aberta deixa qualquer torcedor com os nervos à flor da pele. Mas hoje os palmeirenses podem relaxar e comemorar a atitude de seu presidente. Em entrevista coletiva que contou também com a presença do dono da Traffic, o J. Hawilla, o presidente Belluzzo anunciou que NENHUM jogador do Palmeiras será negociado até dezembro.

Palmeiras e Traffic mostraram que não existe proposta irrecusável. Basta não querer vender. Basta ver a importância de se manter um time para conquistar um título.

Mas que nessa história deve ter o dedo do Muricy, deve. E se tiver mesmo, ótimo, ele começa a justificar a sua contratação.

Outra boa notícia é que Pierre agora é jogador 100% do Palmeiras.

Parabéns e obrigada, Presidente. Avante, Palestra! Rumo ao penta!

domingo, 2 de agosto de 2009

Vai. Mas seja sincero, por favor.

Ontem, depois da vitória sobre o Sport, Pierre, um dos melhores volantes do futebol brasileiro, comentou em entrevista na beira do campo a proposta que recebeu de um clube dos Emirados Árabes. E, como faz todo jogador, disse que adora o clube, que por ele ficaria, mas tem que pensar na família, no lado financeiro, que precisa conquistar sua independência. Se não fosse isso, adoraria ser campeão pelo Palmeiras.

Quer saber? Mais sincero (não só mais sincero que o Pierre, mas que todos os jogadores que saem de seus times) foi o Keirrison, que nunca declarou amor ao Palmeiras, que deixou claro que o time era mesmo apenas um trampolim para a Europa (apesar de ter declarado que cumpriria seu contrato até o fim). Porque é isso que nossos times são para os jogadores. Para nós, são a nossa paixão, a razão de ser do futebol ("Palmeiras minha vida é você" canta-se no Palestra Itália). Mas, para eles é apenas uma etapa a cumprir para ir para a Europa. E querem ir o mais rápido possível, pela primeira proposta que aparecer. Não importa se para o Uzbesquistão, Emirados Árabes ou Ucrânia. O que importa é receber em euros.

O único comprometimento da atual geração de jogadores é mesmo com a sua conta bancária. Todos com o mesmo discurso, de fazer a tal independência financeira. Não, eles não querem só a independência, eles querem ficar multimilionários.

Não é de hoje que jogador de futebol tem carreira curta. Sempre foi assim. Mas nem sempre eles ganharam as quantias fabulosas que ganham hoje. E o que faziam os craques dos anos 60, 70? Tratavam logo de investir num negócio que pudesse lhes render conforto na aposentadoria. Muitos investiram em postos de gasolina, em algum comércio. Mas para a atual geração isso não é suficiente.

Claro que todo mundo tem direito de querer ser milionário. Principalmente quem tem uma possibilidade concreta de realizar esse desejo (na verdade, quem não tem? É que a gente não joga bola...). Mas o que o jogador de futebol não tem direito é de ser hipócrita. De declarar amor ao clube, de chorar na coletiva de despedida, mas nem titubear na hora de assinar com o clube do mais desconhecido e inóspito país da Eurásia. Isso não.

Sejam mais sinceros. Assumam todos de uma vez que futebol é mesmo business. E nós, que somos piores que os viciados em crack, que não conseguimos mesmo largar o vício, ainda que a razão nos mostre o quão sem sentido ele se tornou, seguiremos com nossa paixão, mas pelo menos não seremos menosprezados. Porque falar uma coisa enquanto faz outra, além de ser incoerente, é querer menosprezar a inteligência alheia.

Agora só no ano que vem

E não deu para o Ituiutaba, que perdeu por 2 x 1 pro Guaratinguetá e se despede da série C. O sonho acabou este ano. Aliás, o que será que fará o time durante todo o segundo semestre? É dura a vida dos times pequenos que disputam a série C. Se fosse um campeonato de turno e returno, como os das série A e B, os times permaneceriam em atividade. Mas esses regulamentos com fases provocam essa inatividade se o time não se classifica. Provavelmente o time mandará muitos jogadores embora, porque não poderá arcar com a folha, ainda mais sem ter entradas. Vamos ver o que o Boa preparará para a temporada de 2010. Que venha o Estadual!!


sexta-feira, 31 de julho de 2009

Doce sabor da liderança

Depois de termos tido a primeira vitória do Muricy dirigindo o time, quarta, contra o Fluminense, e do Atlético Mineiro ter perdido para o Flamengo, sentimos o doce sabor da liderança. Quanto tempo vai durar? Difícil saber. Guilherme, um amigo flamenguista, me pergunta se estou confiante no título. Respondo que por enquanto não dá para ter confiança total. Se a janela fechar e Diego Souza e Cleiton Xavier continuarem no time, aí vai dar para confiar. Se eles sairem, vai ser bem mais difícil. Mas vai depender também das perdas no elenco dos outros times.

Bastidores do Morumbi

Recebi este vídeo da minha amiga palmeirense Soraya Abud Miller e, apesar do viés bastante corintiano, está engraçado. Pena não ter créditos.


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Será mesmo uma melancia?




Comentário do meu pai - sãopaulino, para quem não sabe - sobre o meu post "E não é que ele ficou bem de verde?" (não me perguntem por que, mas meu pai envia os comentários para mim por e-mail, ao invés de comentar aqui mesmo no blog) :

"Pode até ter ficado bem, só que eu o vejo como uma melancia:
VERDE por fora, mas por dentro, VERMELHO, da polpa, PRETO, das sementes e BRANCO, da parte interna da casca."

Falta pouco

E o Ituiutaba está a uma vitória da classificação para as quartas-de-final da série C. Mas não vai ser fácil. O jogo é contra o Guarantiguetá, aqui em Guará, domingo que vem às 16 horas. Bem que a Globo podia passar, né? Porque eu acredito na vitória do Boa!

E não é que ele ficou bem de verde?

Fernando Santos/Folha Imagem

Ô, o freguês voltou! O freguês voltou!

Que alegria ter de volta o nosso freguês na primeira divisão. Ano passado teríamos terminado em melhor posição o campeonato brasileiro se eles não tivessem caído.

E o jogo de hoje foi indiscutível. 3 x o fora o baile. Três gols de Obina que, se tudo der certo, me faz queimar feio a língua e ainda termina artilheiro deste campeonato. Pena o Gordo ter caído com todo o seu peso em cima da mão e não ter quase jogado. Porque ganhar com ele em campo teria sido mais gostoso.

Muricy vai pegar um time que está em ascendência, jogando muito bem. Confesso que quando vi a escalação hoje, com três volantes, não gostei. Mas no decorrer do jogo entendi e até dei razão ao Jorginho. Ou ao Muricy, sei lá.

Só acho que o Diego Souza rende mais quando joga um pouco mais atrás. Por isso, na hora de tirar o Edmilson, eu mudaria o esquema e colocaria o Ortigoza lá na frente. Mas isso são só bobagens minhas, porque ganhar de três foi lindo.

E olha que os jogadores estavam cansados porque tiveram de ir de ônibus para Presidente Prudente (o aeroporto de lá ficou sem teto por causa do mau tempo) e chegaram lá às duas da manhã. Imagina se o time estivesse descansado!

Confira aqui como foi lindo.


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Três toques

1) Se o Palmeiras de Jorginho ganhar logo mais à noite do Goiás no Serra Dourada e ganhar o clássico no domingo, Muricy assumirá com mais responsabilidade ainda.

2) Tá, confesso, ainda me é muito fresca e forte a imagem do Muricy com aquele agasalho preto do São Paulo para vê-lo no Palmeiras.

3) Meu pai discorda do final do meu post anterior dizendo que Muricy é apenas técnico e não mágico e por isso não pode garantir todos os títulos. Eu respondo dizendo que estou cansada de ouvir falar em salário de meio milhão de reais como se fosse uma coisa normal. Não é. Por isso acho que quem o recebe tem também que fazer acima do normal.

Muricy no Palmeiras. Ou a chance perdida de Belluzzo.

Quando eu achava que o Palmeiras estava com a faca e o queijo na mão para fazer história e iniciar uma nova fase no futebol brasileiro, eis que tudo muda. Eu acreditei quando o presidente Belluzzo disse que se deveria criar um teto salarial no futebol brasileiro. E concordei com ele. E achei que isso era o sinal de que ele iria começar uma nova era, efetivando o Jorginho, que passaria a ganhar um pouco mais que os seus atuais vinte mil reais, mas algo ainda dentro de realidades do mundo real e não dentro das loucuras do mundo do futebol. Só não imaginava que o teto a que Belluzzo se referia era de R$ 450 mil mensais.

O Palmeiras fechou com Muricy. E o valor divulgado foi esse. Vinte e duas vezes e meia maior que o que recebe Jorginho. Indiscutivelmente Muricy é um técnico com uma bela carreira e vários títulos, mas será ele vinte e duas vezes e meia melhor que Jorginho? E terá ele a química certa e necessária com os jogadores, com o clube, com a torcida? Sim, porque o mundo do futebol alardeia grandes profissionalismos, salários astronômicos, mas para ter sucesso ainda depende de coisas do mundo real, do mundo do amadorismo, como essa tal química. Já vimos grandes elencos, dirigidos por técnicos de primeira, naufragarem por não terem o entrosamento ideal.

Segundo a Gazeta Esportiva.Net, "o salário do treinador será de R$ 450 mil por mês, sem contar os prêmios por conquistas." Ora, quem ganha quase meio milhão de reais por mês ainda precisa de prêmios, de incentivos, para conquistas? Quem ganha uma fortuna dessas não tem a obrigação de ganhar tudo o que disputar?

Fora de campo, acho que a diretoria tomou a decisão errada, vai continuar sangrando os cofres do clube para arcar com o salário milionário de um técnico. Mas como a decisão foi tomada, espero que dentro de campo o Muricy corresponda e ganhe tudo que disputar. Brasileiro neste ano e tríplice coroa com Paulista, Libertadores e Brasileiro de novo, no ano que vem é o que eu espero. Ele chega com essa obrigação. E menos que isso será decepção.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Factóides

César Maia, ex-prefeito do Rio, ficou conhecido pelos seus "factóides", fatos que ele inventava para chamar a atenção da mídia. E parece ter feito escola. Luiz Gonzaga Belluzzo, pelo jeito, está tendo aulas.

Primeiro a indefinição da efetivação ou não do Jorginho como técnico do time. Num momento dizia-se que a definição viria depois do jogo contra o Flamengo. O Palmeiras foi lá no Maracanã, venceu, e nada de definição. Depois viria depois do jogo contra o Santo André. Nova vitória e novo silêncio. Agora diz-se que a definição virá depois do clássico contra o Corinthians. Será?

E que critério é esse? Se para manter um técnico no cargo não são só os resultados que importam, mas o seu projeto, o seu trabalho como um todo - ao menos era isso que o próprio Belluzzo falava quando Luxemburgo teve maus resultados na Libertadores e no Paulistão -, por que para efetivar um técnico ou não aguardam-se resultados?

Teve também a entrevista "irônica" na qual o Jorginho já teria sido efetivado, mas depois tudo não passou de um erro de interpretação...

Agora um novo factóide. Talvez para desviar a atenção da questão do técnico. A contratação de um atacante brasileiro que estaria jogando no Leste Europeu ou qualquer coisa assim. Já começam os rumores sobre o nome de Vagner Love.

Ora, presidente, se contratou mesmo, fala logo. Se não contratou, fica quieto e não faz espuma.

Decepcionante, professor Belluzzo, decepcionante.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Nuvens

Não sei se foi Tancredo Neves ou Magalhães Pinto, mas certamente foi um político mineiro, que disse que "política é como nuvem". Eu diria que futebol também é como nuvem. Outro dia mesmo, 10 de maio, pouco mais de dois meses atrás, eu coloquei o São Paulo como candidato ao título do Brasileirão e o Atlético Mineiro, candidato ao rebaixamento.

Quem leu isso e viu o jogo de ontem vai achar que eu não entendo nadica de futebol. O Atlético só não goleou historicamente o São Paulo pela má pontaria de seus atacantes, principalmente o ex-sãopaulino Éder Luis. Mas o São Paulo parecia um time da série C.

Sim, em maio o São Paulo era dirigido pelo Muricy e o Atlético pelo Leão. Agora as equipes são comandadas, respectivamente, por Ricardo Gomes e Celso Roth.

Além da dança dos técnicos, a janela está se abrindo... Veremos como estarão as nuvens daqui a dois meses.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Brasileirão x Libertadores

Achei um absurdo ontem a Globo ter transmitido para São Paulo um jogo da 11ª rodada do Brasileirão ao invés de passar a final da Libertadores. Achei mesmo. Afinal, era a final do campeonato mais importante do continente (não é isso que a própria emissora vende ao público quando lhe interessa?) contra uma rodada ainda inicial do Campeonato Brasileiro.

Mas, confesso que o coração falou mais alto e eu assisti a Flamengo x Palmeiras. E não me arrependi. Porque gostei muito do que vi. Gostei da vitória por 2 x 1, é claro, mas gostei, principalmente, da postura do time, de como o Jorginho o armou, mesmo tendo vários desfalques. Fazia tempo que não dava gosto (e não nervoso) ver um jogo do Palmeiras. E ontem deu. Marcação adiantada (que eu acho sempre ideal), belos e eficientes contra-ataques, postura defensiva bem mais consistente.

Espero que continue assim.

Bem, com isso acabei não vendo mais uma vez um time brasileiro perder uma final de Libertadores em casa para um time estrangeiro. Senti pelo Kléber. Mas quem sabe ano que vem ele não ganha por outro time? ;-)

Hábito nojento

Foram poucas as oportunidades que eu tive de falar pessoalmente com jogadores de futebol. Lá por 1987, quando eu trabalhava na redação do saudoso "Mulheres em Desfile", da TV Gazeta, conversei com o Zetti, naquela época ainda goleiro do Palmeiras e com um recorde de trocentos minutos sem levar um gol.

Tive a honra de falar também com outros dois grandes goleiros palmeirenses: Marcos e Valdir de Morais. E goleiro parece ser a minha especialidade, pois, além deles, tive o prazer também de cumprimentar Gilmar dos Santos Neves. Bem, goleiro e campeão do mundo, porque outro que eu fui tietar foi o capitão Bellini.

Acho que pela emoção do encontro, em nenhuma dessas oportunidades eu lembrei de tentar elucidar com um deles a grande pergunta que me atormenta a cada jogo que eu vejo pela tv: por que jogador de futebol cospe tanto?

Já reparou? Basta focalizar mais de perto um jogador e záz! Lá vai aquela cuspida nojenta para o gramado. Jogador consagrado, iniciante, craque, perna-de-pau, zagueiro, goleiro, atacante, meio-campo, não importa, todos cospem. Alguns técnicos também cospem. Mas é engraçado, juiz e bandeirinha raramente eu vejo cuspir.

Jogador de basquete não cospe na quadra. Nem jogador de vôlei. Nem tenista. Mas jogador de futebol cospe o tempo inteiro. Por que?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Quando onze não querem, um não fica

Tenho lido e ouvido na imprensa que os jogadores do Palmeiras têm jogado "pelo Jorginho". Ou seja, dá a entender que eles estão se esforçando mais agora do que o que faziam na época do Luxemburgo. Porque gostam do Jorginho.

Por outro lado, o Santos toma uma goleada histórica de 6 x 2 do Vitória, com inevitável demissão do Vagner Mancini. Que lembra aquela que o Palmeiras tomou, de 6 também, do Figueirense, e que causou a queda do Leão.

Ou seja, parece que quando quer, o time joga e, quando não quer, perde, toma goleada. Mais um ponto a favor da minha teoria de que os técnicos estão supervalorizados. Se o elenco não quiser, o técnico não fica de jeito nenhum.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Separados no nascimento

Essa foi o Carlão que sacou. Hélio dos Anjos e Agnaldo Timóteo, separados no nascimento.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Talentoso

Recebi este vídeo por e-mail e não consegui encontrar maiores informações sobre o jogo. Mas o lance é sensacional.

Depois enchem um cara desses de porrada e ainda vão dizer que quem bateu estava errado...


Próximos capítulos...

Acabou a primeira parte da novela e com ela se foi também, como eu previa, a ilusão de que o Muricy seria técnico do Palmeiras. Agora, acompanhemos com atenção a segunda parte, a escolha do técnico que substituirá o ex-sãopaulino nas negociações. Ainda há chances para Abel Braga? Será Dorival Júnior? Ou a tal "comissão de notáveis" - Zinho e Evair - que se juntaria ao interino Jorginho?

Sinceramente? A esta altura pra mim tanto faz. Cada vez mais eu acho que vivemos uma fase de supervalorização de técnicos. Com um bom grupo, talentoso e entrosado, vai-se longe. Já em um grupo de pernas de pau ou talentoso mas rachado, não há técnico que dê jeito.

Geninho já foi campeão brasileiro. Parreira já foi campeão mundial. Dunga foi campeão da Copa das Confederações. Vai dizer que minha tese não está certa?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Ilusões

Ultimamente nós, palmeirenses, temos vivido de ilusões. Foi a ilusão de que o Luxemburgo reviveria seus dias de campeão no clube, que o Valdívia não iria para as arábias, que o Henrique ficaria pelo menos até o fim do Brasileiro, que o Keirrison seria jogador do Palmeiras de fato e não só de contrato. Agora é a ilusão de que o Muricy vai digirir o time.

Acabo de ouvir na rádio Bandeirantes a informação de que Muricy já estaria acertado com o Inter e que o clube só estaria esperando a derrota na Recopa para dar uma saída honrosa para o Tite e anunciar o Muricy.

Pra mim faz sentido. Afinal, por que o Muricy estaria demorando tanto para dar uma resposta ao Palmeiras? Quer, quer, não quer, fala logo.

Pelo visto, Muricy entrará para a lista das ilusões palestrinas.

E no blog do Paulinho, leio que a Traffic estaria dificultando a vinda do Muricy, pois ela exige que seus jogadores sejam escalados, coisa fácil de resolver com o Luxemburgo, mas bem mais difícil com o Muricy. Lembrando que a Traffic não quis bancar a renovação do Kléber, porque ele já estaria "velho" com 25 anos e seria difícil renegociá-lo depois, não há dúvidas de que a Traffic entra para a lista de ilusões.

Lula e o Corintians

Se a política interfere no futebol, vou deixar o futebol interferir na política e nunca mais voto num corintiano. Ontem, no programa "Bem, amigos", doSportv, Ronaldo afirmou que o presidente Lula está ajudando muito o Corinthians a construir o seu CT. Que o presidente tem indicado empresas que podem contribuir com esse projeto.

Ora, Lula, faça-me o favor! O país não tem problemas suficientes para o senhor se preocupar, né? Que postura democrática! Não é ajuda para o futebol brasileiro, mas sim para o seu time do coração. Por que o senhor não dá uma mãozinha no projeto da Arena Palestra Itália também? Ou para a reforma da Fonte Nova, estádio de propriedade do governo da Bahia, que não se ouve mais falar desde aquele desabamento da arquibancada em 2007 que matou sete pessoas.

Presidente corintiano nunca mais!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ele só fala no Palmeiras!

Caro presidente Belluzzo, viu a manchete do Uol Esporte: "Kléber quer título da Libertadores para homenagear torcida do Palmeiras"?

Se não viu, aproveite pra ler a matéria e pensar muito seriamente em trazê-lo de volta. Investe menos em técnico e mais em elenco.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Futebol, religião e política

Do mesmo jeito que a Fifa recriminou a comemoração religiosa dos jogadores brasileiros na comemoração da conquista da Copa das Confederações (o que eu também achei o fim da picada - e se um jogador do grupo é ateu ou budista ou muçulmano ou judeu?), a CBF devia alertar o Lula que é melhor não misturar futebol e política. O último presidente que fez isso, se não me engano, foi o Médici.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Especulações

Falou-se em Muricy, o queridinho da vez, em Abel Braga, mas eu acho que vamos acabar ficando mesmo com o Dorival Júnior. Que se não é um Ricardo Gomes, também não é um técnico vencedor. Mas tem identificação com o clube. E custa menos, muito menos, que Luxemburgo.

sábado, 27 de junho de 2009

Tchau, Luxemburgo

Luxemburgo reclamou de Keirrison, que nem apareceu para treinar ontem. Disse que não trabalhava mais com ele. Até aí, estou com o Luxa. Mas teriam sido verdadeiras e espontâneas essas palavras ou parte de um teatro para uma demissão previsível?

O técnico palmeirense começou a ser fritado depois da eliminação da Libertadores. A saída de Muricy do São Paulo acabou apressando as coisas.

Se Muricy vier para o Palmeiras (para desgosto da minha mãe, que o detesta por ser "muito sãopaulino"), ótimo. Acho que aí teremos reais chances de sermos campeões brasileiros. Se for o Abel Braga, não sei, talvez seja então uma troca de seis por meia dúzia. Só espero que a diretoria não invente nenhum Ricardo Gomes, isso seria o fim.

Eu acho mesmo que o Vanderlei Luxemburgo não correspondeu às expectativas. Espero que com ele saiam do Palmeiras os jogadores inúteis que ele inventou.

E que venha o Muricy! Afinal, começou a dança dos técnicos do Brasileirão 2009.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A ida de quem nunca veio

Está tudo praticamente certo na venda do Keirrison para o Barcelona. Tanto que ele já nem deverá entrar em campo contra o Santos no próximo domingo. É provável também que ele nem jogue pelo Barcelona, que seja utilizado pelo clube para pagar dívidas com o Valencia.

Keirrison nunca esteve mesmo com a cabeça ou com o coração no Palmeiras. Só queria mesmo era ir para o Barcelona.

Acho que agora o time melhora. Ele não precisa ser escalado para ser valorizado e não joga mais com má vontade.

Se a diretoria for esperta, traz de volta o Kléber e em pouquíssimo tempo nenhum palmeirense mais se lembrará de Keirrison. Aliás, aposto que pouca gente se lembrará dele em pouco tempo.

Mais um que vai muito prematuramente para a Europa. Como o zagueiro Henrique, que chegou a ser convocado para a seleção quando estava no Palmeiras, mas ficou apenas seis meses no clube, como o Keirrison, e agora ninguém mais fala nele.

Keirrison não fez história no Palmeiras, portanto, não vai deixar saudades.

E quem precisa de Keirrison quando tem Obina?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Fúria?

E a Espanha jogou como nunca e perdeu como sempre. É incrível como pode ter técnica, pode ter bons jogadores, mas a seleção espanhola não tem mesmo camisa, não tem pegada, não tem pinta de campeã. Muito estranho foi ter chegado ao título da Eurocopa. Perder hoje na semi-final para os Estados Unidos, na Copa das Confederações, foi normalíssimo.

Fúria? Não, só uma raivinha passageira.

Juiz substituído

O primeiro jogo que eu assisti ao vivo, em um estádio, foi um Juventus x Ferroviária, na rua Javari. Pouco me lembro, eu era bem pequena, mas nele aconteceu um fato inusitado: o goleiro foi fazer uma "ponte", bateu a cabeça na trave e fraturou o crânio.

Pois bem, hoje testemunhei mais uma vez um fato inusitado. Não ao vivo, pela TV, mas foi uma coisa que eu nunca tinha visto acontecer. Já vi gol de juiz, juiz que leva bolada, que cai sentado, que tropeça, mas dois juízes em campo (ainda que um de cada vez) eu nunca tinha visto.

Mas na semi-final da Libertadores entre Cruzeiro e Grêmio, lá pelas tantas o juiz chileno teve um estiramento na panturrilha. Parou o jogo e mancando foi até a lateral do campo para receber atendimento médico. Sem condições de "jogo", foi substituído pelo quarto árbitro, que está lá para isso mesmo, mas normalmente assume menos que vice.

De novo o Denílson

Ainda mais surpreendente que o fato do Denílson ter ido jogar no Vietnã, é o fato dele ter jogado apenas 45 minutos pelo Haiphong Cement, ter feito um gol de falta e ter deixado o time, alegando problemas físicos.

Sim, o Denílson está novamente disponível. Ou será que agora resolve encerrar a carreira? Por que terá sido tão rápida sua passagem pelo Vietnã? Teria ele recebido uma proposta irrecusável do Santo André?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Só acaba quando termina

Meu pai fez uma observação muito interessante sobre esta 7ª rodada do Brasileirão. Exatamente a metade dos jogos (cinco em dez realizados) só foi decidida com gols no último minuto do segundo tempo. Palmeiras empatou com o Atlético aos 48'; Grêmio empatou com Goiás aos 47'; Vitória ganhou do Botafogo aos 44'; Santo André ganhou do Sport aos 47' e Avai ganhou do Fluminense aos 48'. E todos esses gols foram decisivos para o resultado final do jogo.

E por pouco não tivemos mais um: o gol que o Santos fez contra o Atlético Mineiro aos 48' do segundo tempo e que, se não tivesse sido anulado, teria provocado o empate e não a derrota.

Inusitado. Mas me parece que ultimamente muitos jogos têm sido decididos assim, no último minuto. Que tendência é essa? O que isso significa para futebol? No mínimo, a sabedoria da máxima que diz que o jogo só acaba quando termina.

Tomara que não

Ontem no Mesa Redonda o Flávio Prado fez uma previsão interessante. Que o Corinthians vence o Inter na final da Copa do Brasil, o Inter manda o Tite embora, contrata o Muricy e ele leva o Inter à conquista do campeonato brasileiro.

Claro que eu torço muito para que isso não aconteça. Mas que seria uma boa lição para a arrogante diretoria do São Paulo, ah, isso seria.

sábado, 20 de junho de 2009

Empate com gosto de vitória

Existem várias situações que permitem que o juiz encerre o jogo antes que sejam completados os 90 minutos regulamentares. Se insuficiência técnica fosse uma delas, o jogo entre Atlético Paranaense e Palmeiras hoje não teria chegado ao segundo tempo.

Mas foi bom que tenha chegado. Pelo menos no segundo tempo houve emoção. E vários erros da arbitragem. Se nos dois últimos jogos o Palmeiras acabou favorecido por interpretações equivocadas dos juizes em lances realmente difíceis, hoje foi o dia dele ser prejudicado.

Se Rafael Santos tivesse tomado o segundo amarelo quando deu uma cotovelada na cabeça do Diego Souza, ele não estaria em campo para fazer o gol de cabeça depois do cruzamento do Paulo Baier. E Diego teria jogado o segundo tempo. Seria outro jogo, completamente diferente.

Mas o pior foi o erro do bandeira ao dar impedimento do Obina naquele que seria o gol de empate. Injustiça: justamente quando o Obina faz um golaço, ele não vale. Mas valeu a raça dele no gol anterior, o que valeu.

Nos acréscimos, Keirrison deixou o dele contra o antigo rival. Foi um empate com sabor de vitória, pelo andamento do jogo. Foi na raça. Mas que precisa melhorar muito, precisa.


Comemorações

Há aquelas que são marcas registradas, como o soco no ar do Pelé.


As que são ensandecidas, como a do Tardelli, na final da Copa de 82 (Itália 3 x 1 Alemanha).


Há também aquelas que viram uma pirâmide humana, as cambalhotas (e, se não me engano, já teve
jogador que se machucou feio nessas) e outras bem esdrúxulas.

Tem quem se entusiasme demais e deixe o gol livre para o adversário marcar e quem acabe tomando
cartão amarelo por ela.

Mas algumas comemorações de gol me irritam profundamente: as dancinhas e coreografias, aquela
bobagem inventada pelo Bebeto de embalar um bebê imaginário, a idiotice do Robinho chupando o dedo
e, principalmente, as comemorações raivosas.

E me entristece ver que é cada vez mais raro se ver o jogador que fez o gol correr para abraçar quem lhe
deu o passe para que ele pudesse fazer o gol. Um passe que, muitas vezes, é meio gol. Mas o autor
fica lá, esquecido na comemoração.

Pra mim, comemoração de gol combina com sorriso e com abraço. Tudo espontâneo. Sem coreografia e
sem raiva.



sexta-feira, 19 de junho de 2009

Futebol e churrasco

A final da Copa do Brasil está sendo disputada pelo time do Tite contra o time do Mano Menezes. O técnico brasileiro mais admirado é o Felipão. Gostemos ou não, Dunga está no comando da seleção. É a hegemonia do futebol gaúcho entre os técnicos?

Em boca fechada...

Leio em matéria do UOL duas declarações bastante infelizes, uma do Pierre e outra do Luxemburgo. Pierre diz assim: "Agora é esquecer a Libertadores, é uma perda muito grande, mas isso agora é passado." Ora, meu caro, nossos títulos são todos do passado, pois no presente não há quem os conquiste em campo, e nem por isso nós os esquecemos. O passado não é para ser esquecido não. Ao contrário, é para ser sempre lembrado, sempre reverenciado - quando é o caso, como foi tão recentemente em relação à conquista da Libertadores de 99 -, e para que aprendamos com os erros nele cometidos.

Já Luxemburgo, aquele que acha que o Jumar é um baita volante, disse que "Temos um projeto que pode dar certo para a Libertadores do ano que vem". Mas esse não era o discurso do ano passado?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Esse é palmeirense

Como a diretoria do Palmeiras deixou ir embora um jogador que, ao comentar a importância do seu gol pelo Cruzeiro, eliminando o São Paulo da Libertadores, diz que o gol foi importante porque o seu time estava precisando disso e também porque ajudava a "amenizar a dor da torcida do Palmeiras"?

Obrigada, Kléber.

Política em campo.

Na Copa de 98 dois jogos me levaram às lágrimas. O final, é claro, e Estados Unidos x Irã. Um pelo futebol, outro pelo simbolismo político.

No ano que vem terei chance de me emocionar assim (como no segundo caso!) novamente, já que ontem a Coréia do Norte se classificou e a Coréia do Sul já estava classificada. Vai que no sorteio caiam na mesma chave...

Jogos assim emocionam porque mostram o lado "edificante" do esporte. "Olha que bonito como em campo eles se enfrentam com fair-play, como os jogadores se cumprimentam". Muito bonito mesmo. E eu, bobona, me emociono mesmo.

Pena que quando temos um clássico regional qualquer o que vemos entre as torcidas é quase a mesma coisa que Israel e Palestina fazem no Oriente Médio.

Perguntas

Quando Luxemburgo voltou para o Palmeiras no fim de 2007 eu disse que ele tinha a obrigação moral de fazer um bom trabalho e trazer títulos depois daquela saída pelos fundos em 2002.

E logo de cara, no primeiro semestre de 2008, ele ganhou o Paulistão. Parecia que o técnico vencedor estava de volta. E ele falava em um "projeto" para aquele time. Um projeto que incluia um título em 2008 - que logo ele conquistou - e a Libertadores em 2009.

Pois bem, do time campeão ele deixou a Traffic negociar o ótimo zagueiro Henrique (aliás, cadê ele? mais um que some prematuramente na Europa); forçou a saída do mago Valdívia. Mas trouxe grandes nomes para o time: Jeci, Fabinho Capíxaba, Gladstone e Jefferson.

No Brasileiro do ano passado conquistou o quinto lugar, que dava lugar à repescagem da Libertadores. De um jeito ou de outro, o projeto estava em pé.

No fim do ano, concordou mais uma vez com a Traffic e assim o Palmeiras não renovou com o Kléber - que estava se tornando ídolo, com grande identificação com a torcida e um ótimo desempenho apesar das expulsões - afinal, ele era um jogador velho, de 25 anos. Era preciso apostar em jovens, com maior potencial de negociação. E assim se apostou em Keirrison.

Para a zaga, para quê continuar com um jogador prata da casa como o David e com o Gustavo, que havia feito um bom trabalho, desde que fazia dupla com Henrique? Melhor dispensá-los e contratar verdadeiros herdeiros de Luis Pereira, como Maurício Ramos, Danilo e Marcão.

No Paulistão de 2009, a eliminação nas semifinais pelo Santos. E mais contratações de peso: Ortigoza, Obina, Mozart.

Na Libertadores, eliminação nas quartas-de-final pelo Nacional, do Uruguai. Quais serão os craques que se juntarão ao elenco agora?

Existe mesmo um projeto? O técnico tem mesmo o time na cabeça como afirma Gilberto Cipullo?

Há quanto tempo o Palmeiras não revela um grande jogador? Há quanto tempo um jogador do Palmeiras não é convocado pela seleção brasileira?

Quanto tempo mais teremos que esperar?

Por que os projetos não se concretizam? (A arena também está parecendo o time do Luxemburgo...)

O que falta? Dinheiro parece não ser.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Já era


Havia a chance de mostrar a que veio, de nascer um ídolo (por que não Cleiton Xavier com outro gol salvador?), de conquistar a confiança da torcida, mas nada disso foi feito. Nenhum gol foi marcado. Três atacantes em campo e nenhum deles conseguiu um golzinho sequer.

Não pude ver nem ouvir o segundo tempo do jogo. Mas o primeiro foi horrível. O que mais se fez foi rifar a bola. Se a rifa, por sorte, acabasse virando um lançamento, ótimo. Caso contrário, pelo menos o jogador livrou-se da bola! E olha que foi escalado o time eu acreditava, aquele que parece ser o melhor que temos.

Mas, em poucas palavras, é um time sem consistência. Fará muito se chegar entre os cinco primeiros do Brasileirão.

Keirrison pode pular de seu trampolim. Pelo visto não vai mesmo fazer história no Verdão. Luxemburgo, parece, não está destinado a vencer uma Libertadores.

Essa equipe faz lembrar alguns times dos anos 80, que até tinham bons jogadores, como Jorginho e Edu Marangon, mas não eram vencedores.

Papai Joel. Sem comentários. Sensacional.

Escalação

Tenho certeza de que o Palmeiras ganhou do Cruzeiro no domingo porque o Luxemburgo não inventou de escalar Obina, nem Mozart, nem Capixaba (tá, o bandeirinha e o juiz terem achado que a bola do Marcão entrou ajudou um pouquinho também..). Escalou o time que deve ser o titular (claro, com o Edmilson no lugar do Marcão assim que ele se recuperar). Se fizer isso hoje, ganha do Nacional. No máximo, o Souza no lugar do Willians. E o Ortigoza no segundo tempo. Pronto. Nada de outras invencionices. E Mozart e Capixaba não!!!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Dez anos esta noite


Hoje o Palmeiras comemora dez anos da conquista da Libertadores. Uma conquista deliciosa, que colocou para sempre na história do Palmeiras Marcos, Felipão, Alex, Arce, Cesar Sampaio, Junior, Junior Baiano, Roque Junior, Zinho, Ozéas, Euller, Paulo Nunes, Rogério, Cleber, Sergio, Velloso, Rivarola, Agnaldo, Rubens Junior, Tiago Silva, Jackson, Edmilson, Juliano e Evair.

Amanhã o Palmeiras estará em Montevidéu, disputando as quartas de final da Libertadores com o Nacional, depois de ter jogado mal e empatado a partida de ida aqui no Palestra Itália.

Nesses dez anos fomos parar na série B, voltamos, mas pouco conquistamos. Além do título da segundona, apenas um torneio Rio-São Paulo, em 2000, uma Copa dos Campeões, também em 2000, e o Paulistão de 2008. Pouco, muito pouco para a grandeza do Palmeiras.

Temos poucos ídolos para lembrar nesse período, depois dessa geração da Libertadores, acho que destaque mesmo só para o Valdívia.

E esse Palmeiras de hoje, quem é? É um time que ainda não mostrou a que veio, que não tem um grande ídolo, que não conquistou a confiança da torcida, que não tem a cara do técnico, mas que pode mudar tudo isso em cinco jogos, a começar por amanhã.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Camisa nova de novo

i anunciado que hoje o novo site do Palmeiras entraria no ar. Depois de semanas daquele aviso ridículo no ar. Mas o que subiu não foi um site, mas um hotsite de promoção das novas camisas. Essa história de nova camisa me irrita. A camisa é cada vez mais do patrocinador e menos do clube. Ainda não chegamos ao horror que o time da zona leste chegou, mas não fugimos à regra geral. 
Eu juro que não entendo esse pessoal que faz questão de pagar caríssimo para ter a camisa nova, com o nome do patrocinador cada vez maior. Não sou contra o patrocinío, mas contra o exagero.

Além do mais, esse esquema só alimenta os modismos passageiros, que eu tanto detesto, no futebol ou não. A tal camisa marca-texto, que tanto agradou a uma parte da torcida, já era. Pois se os jogadores trocam de clube como quem trocam de camisa, os clubes trocam de camisa como quem troca de [calcinha ou cueca, complete conforme o caso].

Aliás, um trabalho que essa diretoria deveria fazer urgentemente é definir de uma vez por todas qual é o "verde Palmeiras". Nas artes gráficas existe um sistema de definição de cores chamado "Pantone". Ele codifica os vários tons das cores e é por causa de definições como essa que o logo das empresas aparece sempre com o mesmíssimo tom. O Palmeiras precisa urgentemente definir o seu "Pantone" e vá lá que o patrocinador e o fornecedor de uniformes estampem seus nomes, inventem, façam seu marketing. Mas que respeitem o "verde Palmeiras". 

E isso tem que valer não só para as camisas, mas para todo o material licenciado pelo clube. É assim que as coisas começam a ser profissionais.