terça-feira, 17 de julho de 2007

Copa América

O time de quatro volantes do Dunga conseguiu ganhar da
Argentina na final. É por essas e por outras que o futebol
é fascinante, porque não tem lógica, porque nem sempre o
melhor vence, porque zebras e surpresas acontecem.

Mas o título não muda minha opinião. Assim como prefiro a
seleção de 82 à de 94, prefiro o futebol jogado pela
Argentina ao nosso atualmente.

Agora, o fim foi a comemoração dos jogadores. Todos ali pulando
e cantando "eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito
amor". Sei, mas desde que ganhando em euro, né? É
brasileiro com muito orgulho, mas não resiste à primeira
proposta de fora, seja ela da Ucrânia, da Macedônia, da
Turquia ou de um timeco qualquer da Espanha. Muito orgulho
e muito amor mesmo.

2 comentários:

MReys disse...

É triste dizer isso. Mas a vitória do Brasil na Copa América é a morte do futebol bonito (apesar de que jogar feio - como muitos querem - não é sinônimo de vitória). Uma pena que o time de craques da Argentina tenha sido parado por uma muralha, por um bando de destruidores sem nenhum talento. A história que vou contar aos meus filhos é: a Argentina era um timaço, como aquele do Brasil de 82. Tinha perdido a Copa para a dona da casa. Acontece. A redenção era aquela Copa América. Que jogo lindo, calmo, inteligente estratégico. Mas vieram 11 brucutus, mandaram ver nas botinadas e, quem sabe se por sorte ou não, acabaram ganhando. Uma tristeza.

Unknown disse...

A primeira coisa que procurei ler no dia seguinte ao jogo foi (como sempre faço em se tratando de Argentina) a capa do Clarín. A foto de Ayala deitado, com Abbondanzieri levando as mãos à cabeça, foi precedida de quatro letras garrafais: "Q.E.P.D.". Equivalente ao "R.I.P." norte-americano. É o melancólico sepultamento de uma geração de craques...

Só não entendo, não entendo mesmo, como puderam escalar uma porcaria como Mascherano. Acho que é nessas pequenas falhas que morre uma gloriosa Argentina.

E é ótimo estar entre pessoas que apreciam o esporte bonito, acima de qualquer torcida ou bairrismo.

Parabéns, Lu!