domingo, 16 de maio de 2010

Show de horror

E foi só aos 44 minutos do primeiro tempo que o Palmeiras mandou sua primeira bola em direção ao gol vascaíno no jogo deste domingo (em direção ao gol, maneira de dizer, porque o chute de Marcos Assunção passou bem longe). Sim, o time conseguiu a proeza de ficar 43 minutos sem mandar uma bolinha sequer ao gol adversário. Nem um chute fraquinho e sem direção que fosse, nem uma cabeçada xoxa, nem uma bola de barriga, de canela, nadinha. O goleiro vascaíno poderia ter passado o primeiro tempo no vestiário que não faria falta alguma ao seu time.

Por que? Ora, o Antonio Carlos armou o time com três volantes, segurou o Vitor, aquele que era o melhor lateral brasileiro e tal, como um zagueiro lá atrás. Na ausência do Lincoln o dublê de técnico nem pensou em escalar Ivo ou Joãozinho (aliás, o que Antonio Carlos tem contra a garotada do Palmeiras? Ele sequer relaciona para os jogos o bom lateral Gabriel Silva ou os prata da casa Souza, Gualberto e Joãozinho).

E tome o time recuado, e tome erros na saída de bola e tome sufoco. E se não tomou gol nesse primeiro tempo não foi porque esse sistema defensivo esteve irrepreensível, mas porque a pontaria do Vasco não estava nada boa. Oportunidades não faltaram.

O lance emblemático desse primeiro tempo foi uma trombada que Cleiton Xavier deu no Marcos, tirando o capitão da jogada.

No segundo tempo pouco mudou. Na verdade, o Palmeiras em nada mudou, o Vasco é que piorou. Poucas vezes na vida vi um jogo de futebol tão ruim, tão cheio de cenas dignas de entrarem naqueles clipes de patetadas do futebol, como o atacante do Vasco que mandou para lateral um chute a gol.

Difícil acreditar que era uma partida de profissionais, de dois times da série A do campeonato brasileiro, de dois times tão cheios de tradição. Na rua Javari vi jogos melhores. Certamente na várzea também são melhores.

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