segunda-feira, 12 de julho de 2010

Agora, só daqui a quatro anos

Acabou a Copa das vuvuzelas e da Jabulani. A Copa das péssimas arbitragens, da bola com nome e das imagens incríveis em super câmera lenta. A Copa do quase: Klose quase alcançou Ronaldo como maior artilheiro das Copas, Messi quase marcou alguns golaços. A Copa das decepções: França, Itália, Cristiano Ronaldo, Rooney, Drogba, seleção do Dunga.

E esta primeira Copa na África trouxe um novo nome ao seleto grupo dos campeões de mundo. Título merecido? Sim e não. Sim, a Espanha jogou bem; sim, ela ganhou de adversários poderosos como Alemanha e Holanda. Mas, não! Pensa bem, uma seleção cujo resultado mais elástico na Copa é um 2 x 0 sobre Honduras, que fez 1 x 0 em todos os jogos da fase final, pra mim não mereceria ser campeã. Dizem que a Espanha joga bonito. Eu acho que a Espanha controla bem a bola, mas peca por sempre dar um toquinho a mais na bola, por quererem fazer o gol mais bonito de todas as Copas e acabarem não fazendo gol algum. Jogo bonito é jogo ofensivo, é bola na rede.

Mas esta foi a Copa do pouco brilho. Nenhuma seleção brilhou de verdade. Ainda que a Alemanha tenha quase chegado lá, mas sem o título não é um brilho verdadeiro. Nenhum jogador se destacou. Tanto que tivemos quatro artilheiros.

Só quem brilhou nesta Copa foi, Paul, o polvo, que acertou os oito resultados que previu. Viva Paul!!

sábado, 3 de julho de 2010

Recuperando o tempo perdido

Que bom que estamos livres do Dunga, sua agressividade, sua teimosia, sua insistência em ignorar o talento. Aconteceu o mais que previsto. Com ele não poderia ser diferente. E foi emblemático, com a agressão e a expulsão de Felipe Melo.

Que venha um técnico que me faça vibrar de novo com a seleção. É esquisito assistir a uma Copa sem torcer pelo Brasil.

Bem, e de quebra estamos livres também dos irritantes comerciais ufanistas, principalmente daquele guerreiro, horroroso, a cara do Dunga também.

Pena que não deu pra Gana. Torci muito, mas o Gyan sentiu o peso na hora de bater o pênalti.

Alemanha brilhante, tá dando gosto de ver. Acabou com a Argentina, que vinha jogando um futebol ofensivo, mas hoje mal viu a cor da bola. Desde a primeira fase cravei a Alemanha como minha favorita para o título. E estou torcendo muito por isso.

Espanha suou muito para ganhar do Paraguai, acho que não passa pela Alemanha. Mas o Paraguai, que já tinha feito uma boa campanha nas eliminatórias, saiu de maneira muito honrosa dessa Copa.

Acho que a final vai ser européia. E que a Holanda vai ser tri-vice. E que o Klose pelo menos alcança o Ronaldo.

E nenhum dos craques badalados - Kaká, Messi, Cristiano Ronaldo, Rooney, Drogba - chegou à semifinal. Aliás, nenhum brilhou. Kaká, Messi e Rooney sequer marcaram um golzinho. Essa Copa foi carente mesmo de grandes craques, de jogadores carismáticos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vergogna, Italia!!

A Itália, vergonhosamente, volta para casa sem nenhuma vitória na Copa de 2010, última colocada de seu grupo, atrás até da Nova Zelândia. Sim, a Nova Zelândia surpreendeu a todos e não teve nenhuma derrota, volta para casa com honrosos três empates.

Já a Itália fez a sua pior campanha em Copas do Mundo. Acho que quatro anos atrás alguém rogou uma praga para os finalistas da Copa da Alemanha e assim Itália e França tiveram essa participação vergonhosa em 2010.

Mas o Lippi tem uma enorme dose de culpa desta vez. Técnico de seleção não precisa ser um grande estrategista, Zagallo e Dunga estão aí pra não me deixarem mentir. Mas precisa saber fazer muito bem duas coisas: convocar e criar um bom ambiente. Como é que o Lippi me põe esse incipiente Criscito na lateral esquerda e deixa o Grosso em casa? Por que não chamou o Totti? Como tem coragem de escalar o Iaquinta, um jogador patético, que seria banco do Dodô na Portuguesa, e nem convocar Luca Toni e Del Piero, que mesmo velho é milhares de vezes melhor que Iaquinta e Di Natale juntos?

Agora não tem mais o que fazer, é só chorar.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Nono, décimo e décimo primeiro dias

Empate vexatório da Itália, vitória do Brasil, goleada de Portugal e Espanha ainda sem convencer, estes foram para mim os destaques destes dias. A Itália está pra lá de decepcionante. Dois jogos e dois empates, sendo o segundo contra a Nova Zelândia, sim! Nova Zelândia, uma terra que mal sabe o que é futebol. Os azzurri sairam perdendo e só conseguiram o empate graças a um penâlti que aconteceu, mas que muito juiz não dá, pois lance como esse tem 138 por jogo...

O Brasil ganhou da Costa do Marfim, teve um início de segundo tempo no qual até que jogou bem, mas eu pergunto: o que estariam dizendo se quem tivesse feito um gol ajeitando a bola no braço fosse o Drogba ao invés do Luis Fabiano? É por essas e por outras que eu gosto de Copa sim, mas me empolgo muito mais com futebol de clubes que com futebol de seleções.

Portugal fez o que tinha que fazer (e que o Brasil não fez): aplicou uma sonora goleada (adoro essa expressão!) na Coreia do Norte, até agora a maior da Copa, 7 x 0. Não vi o jogo, mas acho que o chocolate deve animar os patrícios para o jogo contra o Brasil. Promete.

Vi alguns lances do jogo da Espanha, muitos gols perdidos, inclusive um pênalti, e uma vitória ainda não muito convincente. Aliás, que seleção européia está convencendo? A Alemanha começou bem, mas depois escorregou, veremos. Enquanto isso, os sulamericanos vão se garantindo. Mas, sinceramente, até agora esta Copa só me fez lembrar da de 90. Triste.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Oitavo dia

A Alemanha não manteve o mesmo nível do primeiro jogo e o juiz espanhol devia estar revoltadinho com o resultado da sua seleção e resolveu dar um festival de cartões amarelos ainda no primeiro tempo. Resultado: Klose expulso aos 36. E gol da Sérvia aos 38. No segundo tempo um sérvio comete um pênalti pra lá de infantil colocando a mão na bola dentro da área. Aliás, acho que essa é uma especialidade sérvia, pois houve um outro igualzinho no jogo contra Gana. Podolski vai bater e tem a chance de deixar tudo igual. Mas quando eu vi a pouca distância que ele tomou da bola, já previ o pior. Não adianta, pra cobrar pênalti com pouca distância precisa ter categoria, uma categoria que Podolski não tem.

Agora, tem um outro lado: será que a Alemanha estava fugindo premeditadamente do primeiro lugar no grupo? Afinal, a falta que o Klose fez foi infantil e ele sabia que tinha cartão e que o juiz estava distribuindo cartões por qualquer coisa e o jeito que o Podolski cobrou o pênalti foi ridículo. Cá entre nós, a Alemanha sabe bem fazer isso, perder quando pode.

Quanto à Inglaterra, nunca acreditei muito nesse time. Tem duas seleções que precisam fazer muito pra me convencerem: Espanha e Inglaterra. Por princípio acho sempre que elas não vão longe, que na hora H pifam. A Espanha nunca chegou nem a uma final de Copa e a Inglaterra ganhou em casa com um gol que não foi.

Agora, o fato feio, muito feio, de hoje foi a passada de mão nos EUA. Não houve absolutamente nada de errado no terceiro gol dos gringos, que o juiz anulou. Vi várias vezes e por vários ângulos o lance e não deu para entender. Mas também, vai pôr um juiz de Mali pra apitar na Copa? Tem futebol profissional no Mali?

Por fim, uma coisa profundamente irritante tem acontecido nas transmissões dos jogos cujas seleções têm jogadores nascidos no Brasil e naturalizados, caso da Alemanha com Cacau. O jogador deixa de se chamar Cacau e para os narradores e comentaristas ufanistas passa a se chamar "o brasileiro Cacau". Não, meu amigo, ele não é mais brasileiro, ele não quis ser brasileiro, ele abriu mão dessa cidadania para ser alemão. Independente de onde nasceu, ele é o alemão Cacau. Isso vale para o Deco, para o Liedson, para o Tulio Tanaka e para qualquer outro brasileiro que tenha se naturalizado. Ufanismo, definitivamente, é um negócio muito chato.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quinto, sexto e sétimo dias

Trabalho e uma rinite atacada me deixaram fora do ar uns dias.

Mas acho que o que merece comentários são as estreias do Brasil e da Espanha, a Argentina e a França.

A seleção brasileira não me surpreendeu na estreia. Acho que o futebol do Dunga é isso aí mesmo. E difícil de fazer prognósticos. Pode ser que cresça contra a Costa do Marfim, mas pode ser outro fiasco. Sim, porque passar 45 minutos sem conseguir fazer um golzinho sequer na Coreia do Norte é um fiasco enorme. 90% dos times que disputam a série A do Brasileirão teriam goleado. Gostei do Robinho.

Pois é, a Espanha é sempre aquela história, tem uma seleção maravilhosa, mas chega na hora H e... Ela não jogou mal, mas o jogo contra a Suiça foi um daqueles que a Espanha podia ficar jogando até as 3 da manhã que a bola não ia entrar. Ainda dá pra se recuperar, é claro, mas não sei não, acho que a Fúria vai ficar calminha e não vai muito longe.

A Argentina tem uma defesa ridícula. O que é aquele lateral direito?? O cara é estranho pra caramba, não tem postura de jogador de futebol, é todo desengonçado. Como é que o Maradona deixou o Zanetti de fora pra chamar esse cara? Devia estar muito louco na hora da convocação, só pode ser. Agora, do meio pra frente é invejável, sobra jogador bom. Então, apesar da defesa vulnerável, continuo apostando nela.

E a França, hein? Roubou a Irlanda pra ir fazer papelão na África do Sul. E como é instável essa seleção, em 98 foi campeã, em 2002, desclassificada na primeira fase. Em 2006 chegou à final e agora está com tudo para ser desclassificada na primeira fase de novo.

Bom, a segunda rodada melhorou um pouco o nível dos jogos, que estavam muito chatos na primeira rodada. O fim da ansiedade da estreia e c a necessidade de vitória de alguns levaram os times mais pra frente. Melhor pro futebol. Mas acho que ainda falta nesta Copa um nome de destaque, um grande craque, que desequilibre, que dê show. Porque o futebol é um esporte coletivo sim, mas só é genial quando há um gênio em campo. Um que seja.

domingo, 13 de junho de 2010

Quarto dia

E a Itália estreou na Copa mantendo sua tradição e tendo um resultado ruim. O empate em 1 x 1 com o Paraguai e sua maneira de jogar só comprovam minha teoria de que no futebol pouco importam domínio total do meio campo, posse de bola, o que importa é bola na rede. Ter o domínio que a Itália teve no primeiro tempo, mas sem finalizar só pode acabar em gol do adversário, pois a grande verdade do futebol é que quem não faz toma.

Claro que o Paraguai é mais time que a Austrália, mas este jogo de hoje mostra como a Alemanha entrou jogando muito bem. Ao mesmo domínio de bola que teve a Itália ela somou objetividade do ataque. Já a Itália pouco chutou ao gol. E eu juro que não entendo porque em um jogo com campo e bola molhados chutam tão pouco de fora da área. Em condições assim, se não fizer o gol, pode dar um rebote ou um escanteio, é melhor que ficar tocando a bola de lado.

Enfim, essa é a Azzurra. Que manteve também outra tradição e entrou com o uniforme mais bonito da Copa. Nem preciso ver os outros para ter certeza disso.

Pela manhã, imaginei que Holanda x Dinamarca fosse ser um jogão, mas não foi nada disso, ainda que eu tenha perdido os minutos iniciais. Marcou mais por ter tido o primeiro gol contra da Copa que pelo futebol jogado. Não posso dizer que a Holanda tenha jogado mal, não é isso. Mas não encantou. Acho que falta para essa seleção um jogador carismático. Eu não vi (quer dizer, ver eu vi, mas não me lembro) Cruyff jogando, mas me lembro muito bem de Van Basten, Gullit e Rijkaard e também de Seedorf, Davids, Bergkamp e Kluivert. Talvez tenha mesmo faltando Robben em campo. Porque Sneijder passa longe desse carisma.

E a Dinamarca não é nem sombra daquela Dinamáquina de Laudrup, da Copa de 86.

Sobre Japão x Camarões, pouco a falar, além de que eu também esperava mais de Camarões e, principalmente, do Eto'o.

Agora sobre as camisas. Muita gente tem achado linda a camisa da Holanda. Pois eu acho que ela é quase bonita. Porque a numeração que parece ter sido feita com fita isolante estraga tudo. Camarões entrou em campo com uma camisa linda. Mas com um remendo na numeração da frente de algumas camisas (10, 13, 15, 18, 19 e 21). Estranhíssimo. Espero que para o próximo jogo isso esteja arrumado.

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Com tantos lançamentos errados, chutes que passam muito longe do gol e faltas mal cobradas, começo a achar que o Julio Cesar está certo em relação à Jabulani. Mas numa coisa a Adidas (ou a Fifa, sei lá) acertou: em relação ao nome da bola. Nunca antes eu tinha ouvido uma bola ser chamada tanto pelo seu nome próprio como nesta Copa.

E quero deixar registrado que acho bem rídicula a mania desta Copa dos jogadores ouvirem abraçados o hino de seu país.

Terceiro dia

Foi o dia da primeira goleada, do primeiro pênalti e de mais um frango.

A Alemanha convenceu com seu futebol prático, calculista e eficiente - ainda que tenha sido contra a fraquíssima Austrália - e marcou a primeira goleada da Copa: 4 x 0.

Os outros dois jogos foram de doer. Só vi os 30 minutos finais de Argélia x Eslovênia, mas foi o suficiente para concluir que tem jogo da série B do Brasileirão muito melhor que esse. Sérvia x Gana também foi duro de assistir.

Tá na cara que 32 seleções é demais. Isso diminui o nível da Copa. 24 seleções estava mais que bom, e eu ainda pensaria seriamente em ficar só com 20. Sinceramente, o que Argélia, Grécia, Austrália, Honduras, Coreia do Norte, Servia, Eslovênia, Nova Zelândia e Gana têm a oferecer? Deixa lá uma seleção asiática e mais duas africanas pra uma possível zebra e tá bom demais.

A camisa de hoje é a Argélia. Gosto desses modelos mais justos. Agora precisava dar um jeito nos calções modelo cueca samba-canção.

Felipão voltou!!

Parabéns, Belluzzo! Parabéns, Cippullo! Felipão está de volta ao Verdão. Tenho certeza que ele vem para mais uma rima, vem para ser campeão.

São os sonhos começando a se tornar realidade. E como a diretoria está nos acostumando mal com essas voltas, que venha o Valdívia!!

Além da indiscutível qualidade técnica, Kléber, Felipão e Valdívia (por que não já incluí-lo nesta lista?) têm uma enorme identificação com o Palmeiras. E isso é fundamental, estava nos fazendo falta.

sábado, 12 de junho de 2010

Segundo dia

O dia amanheceu frio e chuvoso. Ideal para ficar em casa vendo futebol o dia inteiro. E assim eu pude ver a primeira vitória, o primeiro jogão e o primeiro frango da Copa 2010.

A primeira vitória foi conseguida pela Coreia do Sul em cima da fraca Grécia. Não dá para entender como a Grécia conseguiu ser campeã da Eurocopa em 2004. Apesar de toda a minha simpatia pelo país e sua seleção, foi praticamente impossível torcer por uma vitória helênica. Pelo menos a camisa da seleção grega foi a mais bonita do dia e entra para a minha seleção de camisas mais bonitas da Copa junto com a do Uruguai.

O jogão foi Argentina x Nigéria. Pra mim foi o primeiro jogo digno de copa. A Argentina tomou sufoco dos africanos, mas conseguiu a vitória, com um gol de Heinze numa cobrança de escanteio no começo do jogo. Messi jogou muito. Não marcou o seu, mas fez um incrível duelo com o goleiro Enyeama, que acabou se transformando no outro grande nome do jogo.

E o primeiro frango foi engolido pelo goleiro inglês Green, no empate em 1 x 1 de sua seleção com os EUA. Esperava mais da Inglaterra e do Rooney. Achei que quem foi melhor pelo time inglês foi o capitão Gerard. O jogo foi bom, mas o da Argentina foi bem melhor.