quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Cala a boca, Ricardo Teixeira

Em reportagem publicada hoje no O Estado de S. Paulo, o presidente da CBF encontrou algumas explicações para o fracasso da seleção brasileira na Copa de 2006. Segundo ele, "Tinha jogador que chegava entre 4 e 6 horas da manhã, bêbado". Mais que isso, a autoridade máxima do nosso futebol constata que outra coisa que atrapalhou muito o desempenho de nossos astros foi a preparação em Weggis, na Suiça, onde o clima foi mais de festa que de treinamento, com ingressos vendidos por até US$ 100,00 para se ver um treino e os malabarismos de Ronaldinho Gaúcho. "Era óbvio que aquilo não ia funcionar. Como é que ninguém via isso?"

Ora, o presidente da CBF não sabia que se vendia ingressos para assistir aos treinos? O presidente da CBF sabia que jogadores chegavam bêbados, de madrugada e não fez nada? O que estava ele fazendo nas vésperas de uma Copa do Mundo, então? Turismo?

Não dá para se esperar nada do Ricardo Teixeira, mas ele, no mínimo, perdeu uma ótima chance de ficar com a boca fechada.

Ou será que não é por ter uma direção como essa que o futebol brasileiro se encontra no estado em que se encontra? Não falo nem da seleção, que vive atualmente um período de entressafra. Mas do futebol praticado aqui no país, do Campeonato Brasileiro que mais parece uma enorme segunda divisão do futebol jogado na Europa.

Que um Milan ou um Real Madrid leve nossos craques dá pra entender, agora, que o futebol da Ucrânia leve nossos jogadores é inadmissível. Você, por acaso, conhece algum time da Ucrânia? Que craques joguem fora, tudo bem, mas que nossos times não consigam segurar nem um Marcinho Guerreiro, é inadmissível.

É desanimador assistir a qualquer jogo do campeonato brasileiro, o nível técnico é baixíssimo, não tem uma jogada que empolgue.

Enquanto isso, Ricardo Teixeira fala bobagens durante sua campanha pela Copa no Brasil. Antes de fazer uma Copa do Mundo por aqui seria melhor a gente fazer um campeonato nacional de qualidade. E deixar a Copa do Mundo para quem tem competência.

Um comentário:

MReys disse...

Ricardo Teixeira e Luís Inácio Lula da Silva têm muito mais em comum do que o título do cargo que ocupam: de improviso, só falam besteiras. Pensando, quase sempre falam besteiras. Uma tristeza. É, no mínimo, um sinal inequívoca de uma péssima assessoria.

E Ricardo Teixeira, do topo de sua inteligência, disse ainda há um tempo que o Brasil não tem hoje um estádio capaz de sediar jogo de Copa do Mundo. Bom. E quem toma conta disso? Tenha santa paciência.

Como dizem as avós de todo mundo, em boca fechada não entra mosca.