quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Deixando muito a desejar

Eu andava quieta, sem muita inspiração para escrever aqui, mas agora foi demais.

Um ponto ganho em 12 disputados. Isso é campanha de campeão? Isso é trabalho de técnico de primeira linha, recebedor de centenas de milhares de reais mensais? Isso é digno de jogador de seleção? De estrela que volta pro Brasil cheio de badalação?

O que acontece com o Palmeiras? Como o time se perdeu tanto? Tempos atrás, acho que nem foi neste ano, certamente quando ainda era dirigido pelo Luxemburgo, eu disse que o Palmeiras tinha se tornado um time com medo de vencer. Parece que isso voltou. Hoje o time estava louquinho pra fazer um gol contra. Tanto que tomou um gol humilhante. Sim, aquele segundo gol foi humilhante.

Os verdadeiros bastidores de um time são impenetráveis, não dá pra saber o que desestabilizou tanto assim o time, mas o que a gente vê em campo é desanimador. Mediocridade pra tudo quanto é lado. A começar pelo técnico. No jogo contra o Flamengo, aos 40 do segundo tempo, quando já perdia por 2 x 0, o Muricy me tira o Souza e coloca o Marquinhos. Alguém pode me explicar o que pretende um técnico cujo time perde de 2 x 0 desde os 17 do segundo tempo ao fazer uma subsituição faltando cinco minutos pra terminar o jogo? Mas hoje ele fez uma grande substituição, daquelas típicas de dar nó tático no adversário: tirou um atacante e colocou outro. Isso também no segundo tempo, quando também já perdia o jogo.

Quando foi contratado, eu falei que achava que o Muricy não valia o que lhe pagavam, que era muito mais negócio ficar com o Jorginho. Ele está provando que eu tinha razão. Para fazer um em 12 pontos disputados na reta final do campeonato, o Jorginho também faria. Ou a minha mãe, que pelo menos é palmeirense de verdade. Ah, dizem uns, mas técnico não erra passe, não chuta a bola pra fora. É? Então também não acerta passe, não dribla e não faz gol e não merece ganhar uma pequena fortuna por mês.

Essa questão dos salários realmente me irrita muito. Assim como o fato dos jogadores adorarem ressaltar que são "profissionais". Em qualquer empresa, profissional que não corresponde é mandado embora. Ainda mais se receber um salário milionário. Mas com eles nada acontece. São convocados para a seleção, são valorizados, assinam um contrato bilionário com algum time da Ucrânia, da Arábia ou de qualquer outro país cheio de tradição futebolística e adeus para o time onde ele estava e que ficou sem o título. Ele garantiu a sua parte.

Gostaria muito de ver o Muricy ter a hombridade de assumir que não está valendo o que ganha, pegar seu bonezinho tricolor e ir de volta para o seu Morumbi querido.

Mais que isso, gostaria muito de ver um time formado só por Marcos, jogadores que tivessem - não vou pedir amor - mas pelo menos respeito verdadeiro pelo time em que jogam, pela torcida que paga pelo menos 40 reais para vê-los em campo.

Hoje eu tive muita raiva. Tive raiva da passividade do Muricy, da incompetência dos jogadores, do fato do Palmeiras estar se apequenando e, principalmente, de não conseguir viver sem futebol. Porque a esta altura do campeonato, eu queria apenas esquecer que futebol existe. Mas não tem jeito, quem sofre desse mal não se livra dele nunca.

Os discursos antes deste jogo foram cheios de garganteios. Mas em campo nada correspondeu ao que foi dito. Espero que agora não digam mais nada, mas joguem.

Matematicamente ainda podemos chegar ao título. E, claro que se isso acontecer, eu vou comemorar demais. Mas! Sim, há um mas. Esta mágoa e esta crítica não serão apagadas e a desconfiança em relação à Libertadores será ainda maior.

Pra terminar: que horror que é esse Figueroa!

Um comentário:

Guiga disse...

Lu!
Por essa eu também não esperava... Eu diria que o Palmeiras não conseguiu acabar com uma vantagem de 4 pontos, mas sim de 11!
Mas! (sim, tem um mas!) vocês ainda são líderes. Não acho que são mais os favoritos. Mas quem é o favorito!?
Acho que tudo pode acontecer.
Bj!