quinta-feira, 29 de abril de 2010

Covarde

É isso: Antonio Carlos é um técnico covarde. Talvez pela insegurança causada pela inexperiência. Talvez pela falta de aptidão para a função de técnico.

Hoje o Palmeiras entrou em campo em casa contra o Atlético Goianiense pelas quartas-de-final da Copa do Brasil com um teórico 4-4-2. Mas com o Edinho jogando totalmente recuado e com o Robert vindo até o meio de campo buscar jogo, o que se viu na prática foi um lamentável 5-5-0.

E Antonio Carlos não teve coragem de mudar esse esquema. Ainda que durante todo o primeiro tempo pouco perigo tenha oferecido o time goiano. E quando fez uma substituição fez besteira e não mudou o esquema. Tirou um atacante e colocou outro, saiu Robert e entrou Ewerton, quando o ideal seria jogar com os dois juntos. Depois, tirou o apagado Diego Souza - que saiu de campo muito vaiado pela torcida e respondeu com xingamentos - e colocou Paulo Henrique, que deu certa movimentação ao jogo e sofreu o pênalti salvador no último minuto do jogo.

O melhor em campo hoje foi o Lincoln, que vem fazendo boas atuações. Cleiton Xavier voltou irregular, com algumas poucas boas jogadas, um pênalti bem batido, mas muitos erros de passe. Aliás, o que o Palmeiras erra de passe é uma enormidade. Marcos Assunção estreou bem. E Marcos, como sempre, operou pelo menos um milagre.

Antonio Carlos não arrisca, não é criativo e não aposta em novos valores, como os bons prata da casa Gabriel Silva e Joãozinho, por exemplo.

Mas o Palmeiras é muito maior que ele e, nem que seja aos trancos e barrancos, vai avançando na Copa do Brasil. Que venha o título!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pouco, muito pouco

1 x 0 foi mesmo pouco. Mas pior foi o futebolzinho jogado pelo Palmeiras, um time perdido em campo, sem padrão, sem técnica, sem qualidade, ontem apenas com vontade. Dez dias de treinamento pra isso?

Danilo cuspiu na cara do zagueiro adversário Manoel. A tv mostrou claramente. Manoel ainda prestou queixa afirmando que Danilo o chamou de macaco. Não precisa nem ter feito isso, só a cusparada já é o suficiente para punições.

Estará Danilo se inspirando no professor Antonio Carlos? É num episódio com esse que poderemos ver se o Palmeiras realmente não errou ao contratar um técnico de comportamento duvidoso. Antonio Carlos terá a chance de se redimir da sua vergonhosa história se se posicionar em relação a este ocorrido de ontem. Se se omitir e colocar panos quentes, mostrará que não se arrependeu e nem aprendeu nada com o que fez. E mostrará também ao Palmeiras que foi um equívoco contratá-lo. Senão pelo baixo desempenho técnico, pelas atitudes.

Lamentável o comportamento do zagueiro e a direção do Palmeiras não pode deixar barato, tem que punir o Danilo. E punir de verdade. Aliás, começo a achar que esse zagueiro é uma laranja podre no elenco.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Valendo o semestre

Apesar de achar meio estranha essa escalação do time para hoje à noite contra o Atlético Paranaense pela Copa do Brasil, é óbvio que vou torcer muito. Mas não vou achar que 1 x 0 é goleada não, vou achar que 1 x 0 é mesmo uma vitória magra.

Hoje é a noite para o Antonio Carlos dizer a que veio. Como jogador, ele veio para ser campeão. Espero que a história se repita.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Baile dos mascarados

Que os meninos do Santos estão jogando o fino, estão. Mas que estão mascarados demais, ah, isso estão mesmo. Essas dancinhas - jeito menos espontâneo do mundo de se comemorar um gol - também já deram o que tinham que dar.

E pega até mal ficar comemorando tanto essas goleadas em cima de cachorro morto. Porque do Palmeiras não ganharam. Do Corinthians ganharam de pouco e contra o São Paulo acabaram de passar sufoco.

Por isso não devia ficar com dancinha pra cima de Naviraiense, Guarani, Ituano e cia. Claro que tem que golear. E os gols têm sido mesmo belíssimos. Mas sem máscara seriam ainda mais empolgantes.

domingo, 11 de abril de 2010

Torcendo com o inimigo

Eu cresci ouvindo que "Corinthians é rival e São Paulo é inimigo" (apesar de ser filha de um "inimigo"...). É a velha história da época da guerra, quando o São Paulo quis acabar com o Palestra Itália para ficar com o Parque Antártica a preço de banana. E realmente eu não nutro simpatia alguma pelo time do Jardim Leonor. Não me lembro de alguma vez na vida ter torcido por ele, nem no caso de uma vitória sua favorecer o Palmeiras.

E nem será hoje que eu torcerei "pelo São Paulo", assim tão diretamente. Mas que vou torcer pro Santos perder, ah, isso vou.

Por que? Simples, porque esses meninos da Vila, que realmente jogam um futebol maravilhoso, precisam de um banho de humildade.

Foi deplorável o episódio da não entrega dos ovos de Páscoa no Lar Espírita. Assim como foi deplorável ver o Robinho em entrevista, ao ser questionado se não estaria sem jogar na verdade por falta de pagamento e não por contusão, responder que não, que o pagamento estava em dia e dizer literalmente: "o pouquinho que eu ganho o Santos pagou direitinho". Esse menino, que não fez sucesso na Europa, tem muito o que aprender na vida.

Por isso eu espero que o Santos perca hoje. E na semana que vem. E que esses meninos tirem alguma lição da derrota. Para o bem deles, do Santos e do futebol.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Nuvens negras


Parece que as nuvens negras resolveram mesmo estacionar sobre o Palestra Itália. Não bastasse o final melancólico de campeonato brasileiro, tivemos agora o segundo pior desempenho da história em um campeonato paulista (11ª colocação, como em 1968), ficando atrás apenas da campanha de 1980. E isso me dá medo, muito medo. Qualquer coisa que lembre o Palmeiras dos anos 80, dos anos da longa fila, amedronta.

É difícil entender o que acontece atualmente. Ou tem algo muito podre nos bastidores ou é mesmo caveira de burro enterrada lá no Parque Antártica. Racionalmente e com o que é divulgado pela imprensa, não há o que justifique tamanha mediocridade.

No próximo dia 15 o Palmeiras fará o seu "jogo do ano". Ou vence - e muito bem - o Atlético Paranaense e mantém vivas as chances de continuar na Copa do Brasil ou mergulha de cabeça numa crise como poucas vezes terei visto antes.

Esperemos para ver o que acontecerá. E rezemos.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Juninho Paulista

Ele iniciou a carreira no Ituano, com uma vitória sobre a Inter de Limeira, em 1992 e encerrou dia 7 de abril de 2010, no Ituano, com uma vitória de virada sobre a Portuguesa por 3 x 2, com o primeiro gol do Ituano, o da reação, feito por ele.

Entre uma coisa e outra, jogou no São Paulo, no Middlesbrough, no Atlético de Madrid, no Vasco, no Flamengo e no Palmeiras.

Foi campeão da Libertadores, Mundial Interclubes e campeão do mundo na Copa de 2002, pra ficar só nas principais conquistas.

Ontem saiu do gramado em lágrimas, emocionado por ter terminado a carreira de cabeça erguida, salvando o seu Ituano do rebaixamento no Paulista.

E me levou às lágrimas também. Não tem jeito, eu me emociono pacas com essas coisas do futebol.

Valeu, Juninho Paulista. Boa sorte na nova vida de cartola.

Foto: Léo Pinheiro/Futura Press