E a Itália estreou na Copa mantendo sua tradição e tendo um resultado ruim. O empate em 1 x 1 com o Paraguai e sua maneira de jogar só comprovam minha teoria de que no futebol pouco importam domínio total do meio campo, posse de bola, o que importa é bola na rede. Ter o domínio que a Itália teve no primeiro tempo, mas sem finalizar só pode acabar em gol do adversário, pois a grande verdade do futebol é que quem não faz toma.
Claro que o Paraguai é mais time que a Austrália, mas este jogo de hoje mostra como a Alemanha entrou jogando muito bem. Ao mesmo domínio de bola que teve a Itália ela somou objetividade do ataque. Já a Itália pouco chutou ao gol. E eu juro que não entendo porque em um jogo com campo e bola molhados chutam tão pouco de fora da área. Em condições assim, se não fizer o gol, pode dar um rebote ou um escanteio, é melhor que ficar tocando a bola de lado.
Enfim, essa é a Azzurra. Que manteve também outra tradição e entrou com o uniforme mais bonito da Copa. Nem preciso ver os outros para ter certeza disso.
Pela manhã, imaginei que Holanda x Dinamarca fosse ser um jogão, mas não foi nada disso, ainda que eu tenha perdido os minutos iniciais. Marcou mais por ter tido o primeiro gol contra da Copa que pelo futebol jogado. Não posso dizer que a Holanda tenha jogado mal, não é isso. Mas não encantou. Acho que falta para essa seleção um jogador carismático. Eu não vi (quer dizer, ver eu vi, mas não me lembro) Cruyff jogando, mas me lembro muito bem de Van Basten, Gullit e Rijkaard e também de Seedorf, Davids, Bergkamp e Kluivert. Talvez tenha mesmo faltando Robben em campo. Porque Sneijder passa longe desse carisma.
E a Dinamarca não é nem sombra daquela Dinamáquina de Laudrup, da Copa de 86.
Sobre Japão x Camarões, pouco a falar, além de que eu também esperava mais de Camarões e, principalmente, do Eto'o.
Agora sobre as camisas. Muita gente tem achado linda a camisa da Holanda. Pois eu acho que ela é quase bonita. Porque a numeração que parece ter sido feita com fita isolante estraga tudo. Camarões entrou em campo com uma camisa linda. Mas com um remendo na numeração da frente de algumas camisas (10, 13, 15, 18, 19 e 21). Estranhíssimo. Espero que para o próximo jogo isso esteja arrumado.
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Com tantos lançamentos errados, chutes que passam muito longe do gol e faltas mal cobradas, começo a achar que o Julio Cesar está certo em relação à Jabulani. Mas numa coisa a Adidas (ou a Fifa, sei lá) acertou: em relação ao nome da bola. Nunca antes eu tinha ouvido uma bola ser chamada tanto pelo seu nome próprio como nesta Copa.
E quero deixar registrado que acho bem rídicula a mania desta Copa dos jogadores ouvirem abraçados o hino de seu país.