quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vergogna, Italia!!

A Itália, vergonhosamente, volta para casa sem nenhuma vitória na Copa de 2010, última colocada de seu grupo, atrás até da Nova Zelândia. Sim, a Nova Zelândia surpreendeu a todos e não teve nenhuma derrota, volta para casa com honrosos três empates.

Já a Itália fez a sua pior campanha em Copas do Mundo. Acho que quatro anos atrás alguém rogou uma praga para os finalistas da Copa da Alemanha e assim Itália e França tiveram essa participação vergonhosa em 2010.

Mas o Lippi tem uma enorme dose de culpa desta vez. Técnico de seleção não precisa ser um grande estrategista, Zagallo e Dunga estão aí pra não me deixarem mentir. Mas precisa saber fazer muito bem duas coisas: convocar e criar um bom ambiente. Como é que o Lippi me põe esse incipiente Criscito na lateral esquerda e deixa o Grosso em casa? Por que não chamou o Totti? Como tem coragem de escalar o Iaquinta, um jogador patético, que seria banco do Dodô na Portuguesa, e nem convocar Luca Toni e Del Piero, que mesmo velho é milhares de vezes melhor que Iaquinta e Di Natale juntos?

Agora não tem mais o que fazer, é só chorar.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Nono, décimo e décimo primeiro dias

Empate vexatório da Itália, vitória do Brasil, goleada de Portugal e Espanha ainda sem convencer, estes foram para mim os destaques destes dias. A Itália está pra lá de decepcionante. Dois jogos e dois empates, sendo o segundo contra a Nova Zelândia, sim! Nova Zelândia, uma terra que mal sabe o que é futebol. Os azzurri sairam perdendo e só conseguiram o empate graças a um penâlti que aconteceu, mas que muito juiz não dá, pois lance como esse tem 138 por jogo...

O Brasil ganhou da Costa do Marfim, teve um início de segundo tempo no qual até que jogou bem, mas eu pergunto: o que estariam dizendo se quem tivesse feito um gol ajeitando a bola no braço fosse o Drogba ao invés do Luis Fabiano? É por essas e por outras que eu gosto de Copa sim, mas me empolgo muito mais com futebol de clubes que com futebol de seleções.

Portugal fez o que tinha que fazer (e que o Brasil não fez): aplicou uma sonora goleada (adoro essa expressão!) na Coreia do Norte, até agora a maior da Copa, 7 x 0. Não vi o jogo, mas acho que o chocolate deve animar os patrícios para o jogo contra o Brasil. Promete.

Vi alguns lances do jogo da Espanha, muitos gols perdidos, inclusive um pênalti, e uma vitória ainda não muito convincente. Aliás, que seleção européia está convencendo? A Alemanha começou bem, mas depois escorregou, veremos. Enquanto isso, os sulamericanos vão se garantindo. Mas, sinceramente, até agora esta Copa só me fez lembrar da de 90. Triste.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Oitavo dia

A Alemanha não manteve o mesmo nível do primeiro jogo e o juiz espanhol devia estar revoltadinho com o resultado da sua seleção e resolveu dar um festival de cartões amarelos ainda no primeiro tempo. Resultado: Klose expulso aos 36. E gol da Sérvia aos 38. No segundo tempo um sérvio comete um pênalti pra lá de infantil colocando a mão na bola dentro da área. Aliás, acho que essa é uma especialidade sérvia, pois houve um outro igualzinho no jogo contra Gana. Podolski vai bater e tem a chance de deixar tudo igual. Mas quando eu vi a pouca distância que ele tomou da bola, já previ o pior. Não adianta, pra cobrar pênalti com pouca distância precisa ter categoria, uma categoria que Podolski não tem.

Agora, tem um outro lado: será que a Alemanha estava fugindo premeditadamente do primeiro lugar no grupo? Afinal, a falta que o Klose fez foi infantil e ele sabia que tinha cartão e que o juiz estava distribuindo cartões por qualquer coisa e o jeito que o Podolski cobrou o pênalti foi ridículo. Cá entre nós, a Alemanha sabe bem fazer isso, perder quando pode.

Quanto à Inglaterra, nunca acreditei muito nesse time. Tem duas seleções que precisam fazer muito pra me convencerem: Espanha e Inglaterra. Por princípio acho sempre que elas não vão longe, que na hora H pifam. A Espanha nunca chegou nem a uma final de Copa e a Inglaterra ganhou em casa com um gol que não foi.

Agora, o fato feio, muito feio, de hoje foi a passada de mão nos EUA. Não houve absolutamente nada de errado no terceiro gol dos gringos, que o juiz anulou. Vi várias vezes e por vários ângulos o lance e não deu para entender. Mas também, vai pôr um juiz de Mali pra apitar na Copa? Tem futebol profissional no Mali?

Por fim, uma coisa profundamente irritante tem acontecido nas transmissões dos jogos cujas seleções têm jogadores nascidos no Brasil e naturalizados, caso da Alemanha com Cacau. O jogador deixa de se chamar Cacau e para os narradores e comentaristas ufanistas passa a se chamar "o brasileiro Cacau". Não, meu amigo, ele não é mais brasileiro, ele não quis ser brasileiro, ele abriu mão dessa cidadania para ser alemão. Independente de onde nasceu, ele é o alemão Cacau. Isso vale para o Deco, para o Liedson, para o Tulio Tanaka e para qualquer outro brasileiro que tenha se naturalizado. Ufanismo, definitivamente, é um negócio muito chato.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quinto, sexto e sétimo dias

Trabalho e uma rinite atacada me deixaram fora do ar uns dias.

Mas acho que o que merece comentários são as estreias do Brasil e da Espanha, a Argentina e a França.

A seleção brasileira não me surpreendeu na estreia. Acho que o futebol do Dunga é isso aí mesmo. E difícil de fazer prognósticos. Pode ser que cresça contra a Costa do Marfim, mas pode ser outro fiasco. Sim, porque passar 45 minutos sem conseguir fazer um golzinho sequer na Coreia do Norte é um fiasco enorme. 90% dos times que disputam a série A do Brasileirão teriam goleado. Gostei do Robinho.

Pois é, a Espanha é sempre aquela história, tem uma seleção maravilhosa, mas chega na hora H e... Ela não jogou mal, mas o jogo contra a Suiça foi um daqueles que a Espanha podia ficar jogando até as 3 da manhã que a bola não ia entrar. Ainda dá pra se recuperar, é claro, mas não sei não, acho que a Fúria vai ficar calminha e não vai muito longe.

A Argentina tem uma defesa ridícula. O que é aquele lateral direito?? O cara é estranho pra caramba, não tem postura de jogador de futebol, é todo desengonçado. Como é que o Maradona deixou o Zanetti de fora pra chamar esse cara? Devia estar muito louco na hora da convocação, só pode ser. Agora, do meio pra frente é invejável, sobra jogador bom. Então, apesar da defesa vulnerável, continuo apostando nela.

E a França, hein? Roubou a Irlanda pra ir fazer papelão na África do Sul. E como é instável essa seleção, em 98 foi campeã, em 2002, desclassificada na primeira fase. Em 2006 chegou à final e agora está com tudo para ser desclassificada na primeira fase de novo.

Bom, a segunda rodada melhorou um pouco o nível dos jogos, que estavam muito chatos na primeira rodada. O fim da ansiedade da estreia e c a necessidade de vitória de alguns levaram os times mais pra frente. Melhor pro futebol. Mas acho que ainda falta nesta Copa um nome de destaque, um grande craque, que desequilibre, que dê show. Porque o futebol é um esporte coletivo sim, mas só é genial quando há um gênio em campo. Um que seja.

domingo, 13 de junho de 2010

Quarto dia

E a Itália estreou na Copa mantendo sua tradição e tendo um resultado ruim. O empate em 1 x 1 com o Paraguai e sua maneira de jogar só comprovam minha teoria de que no futebol pouco importam domínio total do meio campo, posse de bola, o que importa é bola na rede. Ter o domínio que a Itália teve no primeiro tempo, mas sem finalizar só pode acabar em gol do adversário, pois a grande verdade do futebol é que quem não faz toma.

Claro que o Paraguai é mais time que a Austrália, mas este jogo de hoje mostra como a Alemanha entrou jogando muito bem. Ao mesmo domínio de bola que teve a Itália ela somou objetividade do ataque. Já a Itália pouco chutou ao gol. E eu juro que não entendo porque em um jogo com campo e bola molhados chutam tão pouco de fora da área. Em condições assim, se não fizer o gol, pode dar um rebote ou um escanteio, é melhor que ficar tocando a bola de lado.

Enfim, essa é a Azzurra. Que manteve também outra tradição e entrou com o uniforme mais bonito da Copa. Nem preciso ver os outros para ter certeza disso.

Pela manhã, imaginei que Holanda x Dinamarca fosse ser um jogão, mas não foi nada disso, ainda que eu tenha perdido os minutos iniciais. Marcou mais por ter tido o primeiro gol contra da Copa que pelo futebol jogado. Não posso dizer que a Holanda tenha jogado mal, não é isso. Mas não encantou. Acho que falta para essa seleção um jogador carismático. Eu não vi (quer dizer, ver eu vi, mas não me lembro) Cruyff jogando, mas me lembro muito bem de Van Basten, Gullit e Rijkaard e também de Seedorf, Davids, Bergkamp e Kluivert. Talvez tenha mesmo faltando Robben em campo. Porque Sneijder passa longe desse carisma.

E a Dinamarca não é nem sombra daquela Dinamáquina de Laudrup, da Copa de 86.

Sobre Japão x Camarões, pouco a falar, além de que eu também esperava mais de Camarões e, principalmente, do Eto'o.

Agora sobre as camisas. Muita gente tem achado linda a camisa da Holanda. Pois eu acho que ela é quase bonita. Porque a numeração que parece ter sido feita com fita isolante estraga tudo. Camarões entrou em campo com uma camisa linda. Mas com um remendo na numeração da frente de algumas camisas (10, 13, 15, 18, 19 e 21). Estranhíssimo. Espero que para o próximo jogo isso esteja arrumado.

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Com tantos lançamentos errados, chutes que passam muito longe do gol e faltas mal cobradas, começo a achar que o Julio Cesar está certo em relação à Jabulani. Mas numa coisa a Adidas (ou a Fifa, sei lá) acertou: em relação ao nome da bola. Nunca antes eu tinha ouvido uma bola ser chamada tanto pelo seu nome próprio como nesta Copa.

E quero deixar registrado que acho bem rídicula a mania desta Copa dos jogadores ouvirem abraçados o hino de seu país.

Terceiro dia

Foi o dia da primeira goleada, do primeiro pênalti e de mais um frango.

A Alemanha convenceu com seu futebol prático, calculista e eficiente - ainda que tenha sido contra a fraquíssima Austrália - e marcou a primeira goleada da Copa: 4 x 0.

Os outros dois jogos foram de doer. Só vi os 30 minutos finais de Argélia x Eslovênia, mas foi o suficiente para concluir que tem jogo da série B do Brasileirão muito melhor que esse. Sérvia x Gana também foi duro de assistir.

Tá na cara que 32 seleções é demais. Isso diminui o nível da Copa. 24 seleções estava mais que bom, e eu ainda pensaria seriamente em ficar só com 20. Sinceramente, o que Argélia, Grécia, Austrália, Honduras, Coreia do Norte, Servia, Eslovênia, Nova Zelândia e Gana têm a oferecer? Deixa lá uma seleção asiática e mais duas africanas pra uma possível zebra e tá bom demais.

A camisa de hoje é a Argélia. Gosto desses modelos mais justos. Agora precisava dar um jeito nos calções modelo cueca samba-canção.

Felipão voltou!!

Parabéns, Belluzzo! Parabéns, Cippullo! Felipão está de volta ao Verdão. Tenho certeza que ele vem para mais uma rima, vem para ser campeão.

São os sonhos começando a se tornar realidade. E como a diretoria está nos acostumando mal com essas voltas, que venha o Valdívia!!

Além da indiscutível qualidade técnica, Kléber, Felipão e Valdívia (por que não já incluí-lo nesta lista?) têm uma enorme identificação com o Palmeiras. E isso é fundamental, estava nos fazendo falta.

sábado, 12 de junho de 2010

Segundo dia

O dia amanheceu frio e chuvoso. Ideal para ficar em casa vendo futebol o dia inteiro. E assim eu pude ver a primeira vitória, o primeiro jogão e o primeiro frango da Copa 2010.

A primeira vitória foi conseguida pela Coreia do Sul em cima da fraca Grécia. Não dá para entender como a Grécia conseguiu ser campeã da Eurocopa em 2004. Apesar de toda a minha simpatia pelo país e sua seleção, foi praticamente impossível torcer por uma vitória helênica. Pelo menos a camisa da seleção grega foi a mais bonita do dia e entra para a minha seleção de camisas mais bonitas da Copa junto com a do Uruguai.

O jogão foi Argentina x Nigéria. Pra mim foi o primeiro jogo digno de copa. A Argentina tomou sufoco dos africanos, mas conseguiu a vitória, com um gol de Heinze numa cobrança de escanteio no começo do jogo. Messi jogou muito. Não marcou o seu, mas fez um incrível duelo com o goleiro Enyeama, que acabou se transformando no outro grande nome do jogo.

E o primeiro frango foi engolido pelo goleiro inglês Green, no empate em 1 x 1 de sua seleção com os EUA. Esperava mais da Inglaterra e do Rooney. Achei que quem foi melhor pelo time inglês foi o capitão Gerard. O jogo foi bom, mas o da Argentina foi bem melhor.

O melhor dia dos namorados de todos os tempos

Nem parece, mas lá se vão 17 anos. Eu estava solteiríssima, mas tive o melhor dia dos namorados da minha vida. Também era sábado, no meio de um feriado de Corpus Christi. Eu estava com uma turma de amigos em Monte Verde. Sem televisão, ouvindo o jogo pelo rádio do carro. Fazia muito frio e eu, Felipe Thomé e Slikta nem percebemos e quase fomos à loucura de tanta alegria. Acho que foi sim o melhor título que eu comemorei. Nem um roteirista de cinema teria escrito uma história tão boa para o fim do jejum.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pitacos sobre o primeiro dia

O primeiro dia de Copa não trouxe futebol bonito ou bem jogado. Foi um aquecimento. Esperava mais do México e mais do Uruguai. A seleção mexicana fez um primeiro tempo razoável, dominou a África do Sul, mas não soube finalizar. Depois do intervalo a seleção africana voltou melhor, o México se encolheu e num ótimo contra-ataque Tshabalala marcou o primeiro gol da Copa de 2010, um belo gol aliás. Mas o México conseguiu empatar com Rafa Marques. E com esse empate a tradição foi mantida e os donos da casa não perderam no jogo de estreia.

No segundo jogo do dia Uruguai e França decepcionaram. Ambos têm bons nomes em campo, mas não foi um jogão. Nos brindaram com o primeiro 0 x 0 da Copa e os goleiros trabalharam bem menos que os do jogo anterior.

Lance digno de nota da partida foi um jogada na área uruguaia, na qual a bola bateu na mão de um uruguaio, num lance sem dúvida alguma de bola na mão e não mão na bola, tanto que o rapaz até encolheu o braço junto ao corpo para evitar o pênalti, e o Henry reclamou insistente com o juiz pedindo mão na bola. Ora, Henry, cala a boca!!! Como é que você tem coragem de falar com juiz sobre mão na bola?? Ah se eu estivesse em campo metia a mão não na bola, mas na cara desse arrogantezinho.

Achei lindo o uniforme da seleção uruguaia. Digo uniforme e não só a camisa, porque me apaixonei pelas meias! Nunca tinha achado meia de uniforme de futebol bonita, mas a do Uruguai é sensacional! Quero uma. E a camisa está muito bonita também. Aliás, as camisas das seleções são sempre muito bonitas. Também, sem patrocínio poluíndo, tudo fica mais fácil. Eu sei que o patrocínio é fundamental hoje em dia, que sem ele o clube não sobrevive (a não ser o Barcelona), mas que a camisa fica muito mais bonita sem ele, fica.

E que vai ser um saco um mês de vuvuzela na orelha, vai. Que treco irritante!!! Isso não é torcida de futebol. Não tem "uuuuuuhhhh" no quase gol, não tem cantoria, parece que nem grito de gol tem, só aquele zumbido pentelhíssimo. Abaixo as vuvuzelas!!

Começou!

Começou a grande festa do futebol! Que delícia! Um mês de celebração do futebol. Pra mim Copa é isso, muito mais que seleção. Ao contrário daqueles que a cada quatro anos resolvem lembrar que futebol existe e torcem pela seleção, período de Copa pra mim é época de celebrar o futebol, mas não necessariamente a época de mais torcer.

Porque se a torcida pelo Palmeiras é absolutamente incondicional, pior que amor de mãe, a pela seleção já não é assim. Seleção precisa de um algo mais para me motivar de verdade. Ter um técnico que acabou de ser campeão da Libertadores pelo Palmeiras, por exemplo, ajuda bastante. Ter um técnico agressivo, defensor de um futebol pragmático e cheio de volantes não ajuda nem um pouco.

E parece que não é só a mim que esta seleção brasileira tem empolgado pouco. Nunca vi tão poucas bandeiras e ruas pintadas às vésperas de uma Copa como agora.

Mas o que importa de verdade é que veremos os melhores do mundo (veremos mesmo? a gente sabe que não é exatamente assim, mas faz de conta) e teremos 64 jogos durante um mês.

Palpites? Vamos lá: um tempo atrás eu tive uma intuição de que este ano quem leva a Copa é uma seleção que nunca foi campeã. E pra isso se concretizar eu só vejo três possibilidades: Holanda, Espanha e Portugal. Mas pode ser também que ganhe uma seleção que não ganha há muito tempo, ou seja, Inglaterra ou Argentina. As outras favoritas de sempre, Brasil, Itália e Alemanha, acho que não chegarão lá neste ano. Nem a França (aliás, cá entre nós, o ódio mortal que a maioria dos brasileiros sente pela seleção argentina eu sinto pela francesa. Sei lá porque, mas talvez isso tenha começado em 86). Essas acho que ficam pelas oitavas e pelas quartas. E acho também que uma seleção africana chega entre os semifinalistas. Nem que seja com a ajuda do juiz, como aconteceu com a Coreia do Sul em 2002. Se for pra apostar, fico com a Argentina. Mas adoraria que fosse a Itália.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Gladiador voltou

Confessou que quando chegou ao Palmeiras o Kleber não me conquistou logo de cara. Eu não lembrava jogando pelo São Paulo e não acompanho o futebol da Ucrânia, mas esse passado sãopaulino me incomodava. Mas aos poucos ele foi me conquistando, com seu futebol e com sua identificação com o Palmeiras.

E ele quase me levou às lágrimas na Libertadores do ano passado quando o Palmeiras foi eliminado e o Cruzeiro eliminou o São Paulo. Kléber então declarou que aquela vitória cruzeirense era dedicada também aos palmeirenses, para amenizar um pouco a sua dor. Aquilo foi demais. Ali ele mostrou que se transferiu para o Cruzeiro mas deixou definitivamente o coração no Palestra Itália.

Agora ele volta para o lugar de onde nunca deveria ter saído, como ele mesmo disse. E voltou com uma festa - mais que merecida - que eu não me lembro de ter visto em outra apresentação no Palmeiras. Que seja o prenúncio de novos e muito bons tempos. Eu acredito nisso.

Parabéns, presidente Belluzo, essa negociação foi de mestre.

Voltou a Fiat também, com um patrocínio muito melhor para o Palmeiras que o da Samsung e de uma marca muito mais identificada com o Palmeiras. Ótimo.

E que venham agora Felipão, Valdívia e mais reforços. Eu acredito nisso também.

O campeonato brasileiro será totalmente outro depois da Copa. Scoppia Palestra che la vittoria è nostra!!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Divagações sobre a Copa

1) Em toda Copa jornalistas falam que "esta Copa vai entrar para a história". E, obviamente, todas elas entraram mesmo. Assim como já tivemos a "primeira Copa na Ásia", agora temos a "primeira Copa na África" e ninguém perde por esperar a "primeira Copa num país árabe" ou a "primeira Copa na Oceania". Todas elas, assim como todas as outras, entrarão inexoravelmente para a história.

2) Por que só as estrelas se machucam nas vésperas da Copa? Beckham, Ballack, Torres, Rooney, Drogba, Nani, Pirlo... Não se ouve falar em contusão de reserva da Coreia do Norte ou de Honduras. Parece de propósito pra virar manchete.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sem cartões

Nível técnico baixo, nenhuma jogada verdadeiramente bonita ou empolgante em nenhum dos lados, mas uma coisa foi bacana no Inter x Palmeiras deste domingo: o jogo não teve nenhum cartão. E não foi porque o juiz deixou de dar não, mas porque nenhuma jogada mereceu mesmo. Não me lembro de ter visto outro jogo sem cartões.

domingo, 6 de junho de 2010

Tempo para sonhar

Graças a Deus o campeonato brasileiro parou e agora teremos tempo para sonhar. Para sonhar com um time guerreiro e valente com a volta do Gladiador e não apático como foi hoje no empate contra o Inter, né, Cleiton Xavier?

Sonhar com a volta do Felipão e do Valdívia. Com a contratação de bons jogadores, com a formação de um time bom de verdade que conquiste muitos títulos.

Espero que, enquanto a gente aqui sonha, a diretoria saiba aproveitar muito bem essa parada para trabalhar muito e dar outra cara ao Palmeiras, para trazer de volta a sua verdadeira cara, imponente.

sábado, 5 de junho de 2010

Sem fundamento

Acabo de ler no Lance! que hoje pela manhã o Palmeiras treinou cobrança de pênaltis para acabar com a nhaca que nos fez perder sete das últimas nove penalidades máximas que cobramos.

Muito bem. Só que lá pelas tantas o texto diz que Ivo desperdiçou metade das seis penalidades que cobrou. Seis. Ora bolas, quem em sã consciência acredita que cobrar seis pênaltis consiste em um treino sério desse fundamento? Tem que treinar batendo 20, 30, 50 vezes.

Dá pra perceber que treino de fundamento foi deixado de lado no futebol brasileiro. Não é à toa o altíssimo número de passes errados em cada jogo. Não é à toa que não temos mais um exímio cobrador de faltas por aqui, daqueles que o adversário já se descabela quando há uma falta perto da área.

Não tem mágica, não tem sujeito abençoado por Deus. Pra ser bom na cobrança de escanteio, nos pênaltis, na cobrança de falta, no passe, no lançamento só tem um jeito: treinar. E muito. Não são seis cobrançazinhas que vão fazer diferença.

Vale a pena reproduzir aqui trecho da entrevista que Jorginho Putinatti deu a Vicente Criscio no site Terceira Via Verdão: "Ele [Telê Santana] me obrigava a treinar bater escanteio. Ele fazia assim: colocava a bola um metro prá trás da linha de fundo e me fazia bater o escanteio. Quando eu começava a acertar ele fazia a bola vir mais prá trás. E assim ia."

Será que alguém faz alguma coisa parecida com isso hoje em dia? Duvido. Será que tem alguém que bata escanteio tão bem quanto o Jorginho? Duvido.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Diego de volta?

Começam a sair na imprensa notícias de que o elenco palmeirense estaria pedindo a reintegração de Diego. Que ele não conseguiu se transferir para nenhum clube, é fato.

Se Diego Souza percebeu que não é só o Palmeiras que precisa dele, mas que ele também precisa do Palmeiras; se está disposto a ter uma postura humilde e falar com a torcida; se aproveitou esse tempo para perceber que seu futebol realmente andava abaixo do que ele mesmo já jogou; se está disposto a jogar tudo o que sabe pelo Palmeiras, que volte e seja bem vindo.

Humildade nada tem a ver com humilhação. Quem tem uma postura humilde não se humilha, ao contrário, se engrandece.

Mas a postura tem que ser essa. Assim, ele voltará a ser o "chapa quente" do Palestra, poderá até (re)conquistar seu lugar de ídolo. Mas se for para voltar só por falta de opção, encarando o Palmeiras como um "tapa buraco", aí é melhor continuar afastado.

O Diego voltar pode ser ótimo ou pode ser péssimo. Depende dele e de como a torcida vai recebê-lo.

Se ele voltar num boa, vai ser uma baita "contratação" para o time. Torço por isso.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Haja saco

Achei genial o Robinho falando sobre o seu desconhecimento do adversário da seleção:

"Nós vamos respeitar... como é que é o nome mesmo? Zimbabue, né? São grandes jogadores também".

Faltam dez dias para começar a Copa e serão dez dias de muita notícia sem conteúdo sobre a seleção brasileira, muita coletiva com declarações interessantes como essa do Robinho, muita polêmica sobre a bola.

Acho muito chato esse período pré Copa. A imprensa se vê na obrigação de dar um enorme espaço para a seleção, mas não há o que notíciar. Então ficam inventando bobagens.

Me faz lembrar uma crônica do Luiz Paulo Baravelli em velhos (muito velhos, lá pelos anos 80) e bons tempos, quando a Ilustrada era um ótimo caderno. Dizia ele não se conformar com o fato do jornal ter o mesmo número de páginas todos os dias, pois não acontecia o mesmo número de fatos pelo mundo todos os dias. E terminava dizendo que seu sonho era um dia abrir a porta de casa pela manhã e ao invés de encontrar o jornal no chão, encontrar um bilhete dizendo "hoje não tem jornal porque ontem não aconteceu nada".

É isso, nesses dez dias vai ter dia que não vai acontecer nada, mas a imprensa vai inventar. As pautas se repetem, como a entrevista com o inventor da vuvuzela, o pretenso desentendimento entre Kaká e Felipe Melo, as exóticas carnes selvagens servidas nos restaurantes da África do Sul... Esses dez dias vão demorar pra passar.

Prefiro a cobertura do dia-a-dia dos clubes por aqui.